O município de Barbalha possui o segundo trânsito mais letal entre as cidades com mais de 20 mil habitantes (Foto: Mauri Melo) |
O Ceará é o terceiro Estado do País com o maior número de óbitos no
trânsito, atrás somente de São Paulo e Minas Gerais. As 11.132 mortes no
Ceará foram contabilizadas entre 2001 e 2012 e estão apresentadas no
Retrato da Segurança Viária no Brasil 2014, relatório desenvolvido pelo
Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV).
Os dados ainda apontam
que entre as dez cidades mais populosas do país, as que possuem a maior
taxa de mortes por 100 mil habitantes são Recife, com 34,7 por 100 mil
habitantes e Fortaleza, com 27,1.
O Nordeste a segunda região com
maior número de mortes, com 13.522 vítimas fatais - atrás do Sudeste,
com 16.133 mortes. O índice de mortes na região quase dobrou, entre
2001 e 2012, saltando de 13,7 óbitos por 100 mil para 25,1. Não à toa,
estão no Nordeste duas das três cidades com mais de 20 mil habitantes
com o trânsito mais letal do país. O município de Presidente Dutra (MA)
registrou com 237 óbitos por 100 mil habitantes, seguida por Barbalha, a
região do Cariri, a 575 quilômetros de Fortaleza, com 194,4 mortes por
100 mil habitantes, e Piraí do Sul (PR), com 122,4 mortes a cada 100 mil
moradores.
O estudo também apontou quais os tipos de veículos que
mais de envolveram em acidentes fatais no País. O Nordeste, que tem uma
quantidade menor de veículos, apresentou 57,4% de motocicletas a mais
que a região Sul - são 5,11 milhões de motos no Nordeste contra 3,24
milhões no Sul.
Segundo o relatório, acidentes com motos
respondem, proporcionalmente, pela maior parte das mortes viárias do
Brasil. No Nordeste, 43% da frota é composta por motocicletas e 48% dos
óbitos são motociclistas ou pessoas que estavam na garupa de motos. No
Ceará, motocicletas estão envolvidas em 50% dos acidentes fatais.
O
estudo foi preparado pelo ONSV e pela consultoria Falconi e traz dados
da Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP), da Confederação
Nacional do Transporte (CNT), do Departamento de Informática do Sistema
Único de Saúde (Datasus), do Departamento Nacional de Trânsito
(Denatran), do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes
(Dnit), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e da Organização Mundial
da Saúde (OMS).
Com informações do O Povo Online
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