Assim como a dengue, a febre chikungunya é transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictos (Foto: Reprodução/Internet) |
A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) confirmou na manhã
desta sexta-feira (19) cinco casos da febre Chikungunya em Feira de
Santana, a 109 km de Salvador. A confirmação foi feita a partir da análise de 16 amostras encaminhadas
ao Instituto Evandro Chagas, em Belém. Já em Salvador foram colhidas
quatro amostras, sendo duas descartadas, uma considerada inconclusiva e
outra cujo resultado ainda não foi divulgado.
Os dois primeiros casos de transmissão de chikungunya dentro do Brasil
foram confirmados na última sexta (12) e divulgados pelo Ministério da
Saúde na terça (16). Um homem de 53 anos e a filha, de 31 anos, que moram
em Oiapoque, no Amapá, perceberam os sintomas da doença nos dias 27 e
28 de agosto e passam bem.
Antes disso, 37 pessoas tiveram a confirmação da febre chikungunya no
Brasil, mas todos tinham contraídos a doença em outros países.
Assim como a dengue, a febre chikungunya é transmitida pelos mosquitos
Aedes aegypti e Aedes albopictos, mas só tem um sorotipo, ou seja, cada
pessoa só pega a doença uma vez. Os sintomas também são os mesmos da
dengue: dor de cabeça, febre, dores musculares e nas articulações e
podem durar de três a dez dias.
Segundo o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde,
Jarbas Barbosa, a doença é menos grave que a dengue e o paciente costuma
ser tratado em casa. O tratamento consiste no alívio dos sintomas com
Paracetamol, hidratação e repouso.
Desde dezembro de 2013 surgiram mais de 650 mil casos suspeitos de
chikungunya nas três Américas, dos quais pouco mais de 9 mil foram
confirmados. Antes disso, a doença era comum apenas na África e na Ásia.
Segundo o Ministério da Saúde, o município do Oiapoque intensificou as
medidas de controle da doença buscando novos casos suspeitos com alerta
nas unidades de saúde e na comunidade, com a aplicação de inseticida.
Este ano o Levantamento Rápido de Infestação do Aedes Aegypti (Liraa),
feito anualmente para identificar as áreas de risco para a dengue, além
de identificar áreas com o Aedes aegypti vai buscar também áreas com
Aedes albopictus, maior transmissor da chikungunya.
Barbosa disse que a nova doença também será citada na próxima campanha
contra a dengue, já que o modo de prevenir as duas e o mesmo. "O período
de transmissão maior no Brasil vai sempre de janeiro a maio, mas é
importante que desde já as pessoas verifiquem suas caixas d'água, [onde é
comum] depósitos do mosquito, para evitar as duas doenças", aconselhou
Barbosa.
Com informações do Portal A Tarde.com
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