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terça-feira, 20 de junho de 2017

Ataques a bancos causam transtornos à população no interior do Ceará

Nas ações, as agências bancárias são destruídas devido o
uso de explosivos (Foto: Reprodução Internet)
Trinta ataques em apenas cinco meses. Esse é o número registrado pelo Sindicato dos Bancários do Ceará (de acordo com o publicado pela imprensa local). Até maio deste ano foram 20 arrombamentos, um assalto, cinco tentativas de arrombamento, duas saidinhas e três ataques a carros fortes, com a morte de um vigilante no dia 11 de abril, em Fortaleza.
Os números são bem semelhantes ao mesmo período do ano passado, quando foram contabilizados 33 ataques. Entretanto, das 30 ações de 2017, 16 aconteceram com uso de explosivos, várias delas utilizando ainda reféns como escudo na fuga. A explosão de agências pelo Interior do estado tem causado inúmeros transtornos para população, comerciantes e bancários.
O modus operandi é sempre o mesmo: uma quadrilha numerosa de assaltantes sitia uma cidade do Interior durante a madrugada, divide-se, indo uma parte para o destacamento policial (que geralmente é bem reduzido) e outra para a agência, explodem a unidade, efetuam o assalto e fogem. O saldo para os usuários da cidade é a agência bancária fechada, reduzindo drasticamente o movimento do comércio, usuários tendo de se locomover até 100 km para conseguir atendimento e bancários sendo transferidos para outras unidades na região.
Em decisão recente, o Banco do Brasil informou que deve fechar definitivamente pelo País várias unidades explodidas. No Ceará serão fechadas as agências de Madalena, Pedra Branca, Jaguaribara, Pindoretama e Itapiúna. Em cinco meses este ano, o BB foi atacado 12 vezes, o Bradesco, 10. O Sindicato vem conversando com câmaras de vereadores e fazendo articulações com sindicatos de municipais e trabalhadores rurais desses municípios para, junto à Superintendência do banco, pedir a reversão dessa determinação.
“Com a agência explodida a situação fica bem difícil. O movimento do comércio cai, aposentados e servidores são obrigados a se deslocar para outros municípios, correndo risco nas estradas e o bancário, que já está instalado naquele local, tem de se estabelecer em outra cidade. Todos são prejudicados”. – afirma Bosco Mota, diretor do Sindicato dos Bancários do Ceará
Legislação
Dos 30 ataques registrados pelo Sindicato nos cinco primeiros meses do ano, apenas quatro foram em Fortaleza. A entidade atribui esse baixo índice de ocorrência ao cumprimento do Estatuto Municipal de Segurança Bancária (lei 9.920/2012). O Estatuto prevê que as unidades bancárias adotem diversos itens de segurança para coibir esse tipo de ataque.
Desde a aprovação da lei em Fortaleza, o Sindicato tem encampado uma árdua batalha pela aprovação de leis semelhantes em diversos municípios do Interior do Ceará. Entretanto, em poucas cidades a iniciativa foi aprovada, como Tianguá, Caucaia, Caridade e Crateús (lei semelhante apresentada pelos vigilantes locais). “Nós observamos que nesses lugares os índices também vêm caindo, a exemplo do que acontece na Capital”, analisa Bosco Mota.
Segurança armada
A lei estadual 14.961/2011 dispõe sobre a instalação de divisórias, proibição do uso de celulares, instalação de câmeras de segurança e contratação de empresas especializadas para as agências bancárias em todo o Estado do Ceará. A lei vigora desde 2011 e, recentemente, teve um adendo importante.
Após iniciativa da deputada Augusta Brito (PCdoB), o artigo 2º da lei ganhou um parágrafo único que determina que as agências bancárias que possuem salas de autoatendimento ficam obrigadas a manter vigilância armada, com profissional habilitado e registrado, das 6h às 22h, todos os dias, garantindo a segurança de usuários e clientes. O parágrafo foi acrescentado após a aprovação da lei 16.041/2016, na Assembleia Legislativa.

As informações são do jornal O Estado CE 

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