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| Foto: Reprodução / Internet |
O Ceará ocupou a segunda colocação no Brasil na taxa de homicídios em
2014, quando foram registradas 52,2 mortes por grupo de 100 mil
habitantes. O Estado perdeu apenas para Alagoas, onde a taxa de
homicídios alcançou 66 homicídios por 100 mil habitantes.
Em 10 anos –
de 2004 a 2014 – houve um crescimento de 166,5% no
número de homicídios registrados no Ceará. Em 2004, o índice cearense
era de 19,6%. No Brasil, a taxa de homicídios cresceu 21,9%. Considerando os dois últimos anos abordados pela pesquisa, o Estado
registrou 4.465 homicídios em 2013 e 4.620 em 2014, o que representa
crescimento de 3,5% em um ano. Os dados fazem parte do Atlas da Violência 2016,
divulgado nesta terça-feira (22), pelo Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea) em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública
(FBSP).
Microrregiões
Três microrregiões do Ceará aparecem entre as 20 mais violentas do país, em 2014. Em segundo lugar está Fortaleza, que apresenta taxa de 81,1 homicídios por grupo de 100 mil habitantes. Em terceiro lugar está Pacajus, com 129.680 moradores; o município registrava 80,6 homicídios por grupo de 100 mil habitantes, em 2014. A aglomeração urbana de São Luís (MA), encabeça a lista, com 84,9 homicídios/100 mil habitantes.
Na 12ª posição entre as 20 microrregiões maios violentas do país, encontra-se a região do Baixo Jaguaribe, que apresentava taxa de 66,4 homicídios por 100 mil habitantes. Com uma população de 324.771 habitantes, a microrregião é formada pelos municípios de Alto Santo, Ibicuitinga, Jaguaruana, Limoeiro do Norte, Morada Nova, Palhano, Quixeré, Russas, São João do Jaguaribe e Tabuleiro do Norte.
Três microrregiões do Ceará aparecem entre as 20 mais violentas do país, em 2014. Em segundo lugar está Fortaleza, que apresenta taxa de 81,1 homicídios por grupo de 100 mil habitantes. Em terceiro lugar está Pacajus, com 129.680 moradores; o município registrava 80,6 homicídios por grupo de 100 mil habitantes, em 2014. A aglomeração urbana de São Luís (MA), encabeça a lista, com 84,9 homicídios/100 mil habitantes.
Na 12ª posição entre as 20 microrregiões maios violentas do país, encontra-se a região do Baixo Jaguaribe, que apresentava taxa de 66,4 homicídios por 100 mil habitantes. Com uma população de 324.771 habitantes, a microrregião é formada pelos municípios de Alto Santo, Ibicuitinga, Jaguaruana, Limoeiro do Norte, Morada Nova, Palhano, Quixeré, Russas, São João do Jaguaribe e Tabuleiro do Norte.
“Ao analisar as 20 microrregiões com maior crescimento das taxas de
homicídios, verificamos dois pontos importantes. O primeiro é a
velocidade com que a piora veio ocorrendo. O segundo ponto extremamente
preocupante é que esse esgarçamento das condições de segurança alcançou
localidades que, até o início dos anos 2000, eram bastante pacíficas.
Esse crescimento acelerado dos homicídios em localidades interioranas e
até pouco tempo atrás bastante pacíficas coloca um enorme desafio ao
Pacto Nacional pela Redução dos Homicídios, anunciado recentemente pelo
Ministério da Justiça, que focará nos 81 municípios com maiores índices
de homicídios”, ressaltam os pesquisadores.
Confira abaixo a taxa de homicídios em cada região do Ceará, segundo o Ipea.| Microregião | Taxa de homicídio por 100 mil habitantes |
|---|---|
| Baixo Curu | 38,51 |
| Baixo Jaguaribe | 66,82 |
| Barro | 10,78 |
| Baturité | 41,35 |
| Brejo Santo | 13,49 |
| Canindé | 29,26 |
| Cariri | 47,54 |
| Caririaçu | 15,63 |
| Cascavel | 39,62 |
| Chapada do Araripe | 27,51 |
| Chorozinho | 34 |
| Coreaú | 10,32 |
| Fortaleza | 81,12 |
| Ibiapaba | 21,03 |
| Iguatu | 29,23 |
| Ipu | 11,47 |
| Itapipoca | 20,52 |
| Lavras da Mangabeira | 15,64 |
| Litoral de Aracati | 25,24 |
| Litoral de Camocim e Acaraú | 15,65 |
| Médio Curu | 22,53 |
| Médio Jaguaribe | 64,43 |
| Meruoca | 11,64 |
| Pacajus | 80,6 |
| Santa Quitéria | 23,1 |
| Serra do Pereiro | 25,29 |
| Sertão de Crateús | 17,92 |
| Sertão de Inhamuns | 24,13 |
| Sertão de Quixeramobim | 36,65 |
| Sertão de Senador Pompeu | 30,08 |
| Sobral | 41,17 |
| Uruburetama | 42,25 |
| Várzea Alegre | 17,13 |
Morte de jovens
O Atlas da Violência também mostra que entre 2004 e 2014 houve um crescimento de 244,1% no número de jovens assassinados no Ceará, quando o número passou de 823 em 2004, para 2.832, em 2014. Verificando os dados dos dois últimos anos considerados no estudo, houve aumento de 5% nos homicídios de jovens na faixa etária de 15 a 29 anos no Estado.
Considerando a taxa do 100 mil habitantes, em 10 anos o Ceará apresentou variação de 227,9% e de 5,3% no período de 2013 a 2014. Em 2004, o Estado apresentava 35,4 mortes de jovens por grupo de 100 mil habitantes, taxa que chegou a 117,4, em 2014, quase o dobro da taxa registrada pelo Brasil, de 61,0. Em 10 anos, a taxa homicídios no Brasil apresentou crescimento de 15,6% e nos dois últimos anos da pesquisa, 4,4%.
O Atlas da Violência também mostra que entre 2004 e 2014 houve um crescimento de 244,1% no número de jovens assassinados no Ceará, quando o número passou de 823 em 2004, para 2.832, em 2014. Verificando os dados dos dois últimos anos considerados no estudo, houve aumento de 5% nos homicídios de jovens na faixa etária de 15 a 29 anos no Estado.
Considerando a taxa do 100 mil habitantes, em 10 anos o Ceará apresentou variação de 227,9% e de 5,3% no período de 2013 a 2014. Em 2004, o Estado apresentava 35,4 mortes de jovens por grupo de 100 mil habitantes, taxa que chegou a 117,4, em 2014, quase o dobro da taxa registrada pelo Brasil, de 61,0. Em 10 anos, a taxa homicídios no Brasil apresentou crescimento de 15,6% e nos dois últimos anos da pesquisa, 4,4%.
De acordo com os pesquisadores, o pico dos homicídios entre a população
masculina ocorre aos 21 anos. A pesquisa também mostra que a proporção
de mortes para os indivíduos que possuem menos do que oito anos de
estudo, em relação àqueles com grau de instrução igual ou superior a
esse limite, as chances de vitimização para os indivíduos com 21 anos de
idade e pertencentes ao primeiro grupo são 5,4 vezes maiores do que os
do segundo grupo.
“Seria possível afirmar que a educação é um escudo contra os homicídios
[…]. As chances de um indivíduo com até sete anos de estudo sofrer
homicídio no Brasil são 15,9 vezes maiores do que as de alguém que
ingressou no ensino superior, o que demonstra que a educação é um
verdadeiro escudo contra os homicídios”, alerta o documento.
Secretaria
Em 2015, o Ceará reduziu o número de crimes violentos letais e intencionais (CVLI) em 9,5%. Na comparação com 2014, foram 420 mortes a menos, entre homicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte, de acordo com informações divulgadas em janeiro de 2016 pela Secretária da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). Essa redução ultrapassou a meta de 6% que o estado tinha estabelecido.
Em números absolutos, foram registrados 4.019 casos de CVLI, em 2015; em 2014, foram 4.439. Essa redução também atingiu a meta de 5% do Programa Nacional de Redução de Homicídios, conforme o Governo do Estado.
Em 2015, o Ceará reduziu o número de crimes violentos letais e intencionais (CVLI) em 9,5%. Na comparação com 2014, foram 420 mortes a menos, entre homicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte, de acordo com informações divulgadas em janeiro de 2016 pela Secretária da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). Essa redução ultrapassou a meta de 6% que o estado tinha estabelecido.
Em números absolutos, foram registrados 4.019 casos de CVLI, em 2015; em 2014, foram 4.439. Essa redução também atingiu a meta de 5% do Programa Nacional de Redução de Homicídios, conforme o Governo do Estado.
A SSPDS afirma que mantém ações contínuas para consolidar a redução da
criminalidade, entre elas, a ampliação do policiamento especializado no
Interior, com novas unidades do Batalhão de Policiamento de Rondas e
Ações Intensivas e Ostensivas (BPRaio), Batalhão de Divisas e
Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer). A reestruturação
do trabalho desenvolvido pelo Comando de Policiamento Comunitário (CPCom
- Ronda), por meio da atuação nas Unidades Integradas de Segurança
(Unisegs), cuja primeira foi inaugurada no último dia 5 deste mês, no
bairro Vicente Pinzon, em Fortaleza e que prevê ainda a ampliação do
número de delegacias funcionando durante 24 horas.
A secretaria destaca ainda o trabalho realizado dentro do programa Pacto
por um Ceará Pacífico, coordenado pelo Governo do Estado e que congrega
parcerias com prefeituras, diversas secretarias estaduais e municipais,
os demais poderes públicos, instituições não-governamentais e privadas,
entre outros "Atores importantes para a prevenção, bem como para maior
efetividade das ações implementadas, na busca por um Ceará mais seguro e
com mais oportunidades para toda a população", segundo a SSPDS.
As informações são do G1/Ce

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