Reportagem da RBS TV, filiada da Rede Globo,
mostrou que caminhoneiros têm usado drogas como cocaína e o crack para
se manterem acordados. Isso ajuda os motoristas a cumprirem os prazos de
entrega das cargas. O Observatório do Crack, da Confederação Nacional
de Municípios (CNM), destaca o alerta feito pelo jornal.
Os repórteres ouviram caminhoneiros em Santa Catarina e no Paraná.
Segundo depoimentos, a venda do rebite, um remédio para emagrecer que
corta o sono, está proibido. Assim, aqueles que se rendem a este
artifício para se manterem acordados, buscam outras drogas com o mesmo
efeito, como as citadas.
Comprar o rebite só por meio do contrabando e isso é mais caro. "Tu
usa o rebite ou tu usa a droga", disse um dos entrevistados. "Tem muito
motorista na pedra hoje", declarou outro.
Consequências
Prostitutas e pessoas que ajudam a descarregar as cargas dos caminhões são o caminho mais comum pelo qual a droga chega aos motoristas, de acordo com a reportagem.
Prostitutas e pessoas que ajudam a descarregar as cargas dos caminhões são o caminho mais comum pelo qual a droga chega aos motoristas, de acordo com a reportagem.
A RBS citou dados de uma pesquisa feita pela polícia no Mato Grosso
do Sul. No Estado, 30% dos caminheiros abordados para fazer exame
estavam sob efeito de drogas. Portanto, a cada três motoristas, um
estava drogado.
Sobre a velocidade que eles costumam andar quando estão sob efeito do
crack ou da cocaína, um dos entrevistados respondeu: "tu perde a noção
de tempo e espaço".
Hipertensão, infarto, arritmias e Acidente Vascular Cerebral (AVC)
são algumas das consequências do uso desse tipo de drogas. Além delas
induzirem a acidentes graves nas estradas.
Da Agência CNM
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