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segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Índice de mamografias no Brasil está abaixo da média mundial

Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada pelo IBGE, 40% das mulheres brasileiras, de 50 a 69 anos de idade, não fazem mamografia. Esta é a faixa etária definida como prioritária para a realização do exame preventivo pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A recomendação é que pelo menos 70% das mulheres sejam avaliadas periodicamente.
O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres. Dados do Instituto do Câncer (Inca) apontam que, no Brasil, as taxas de mortalidade continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estágios avançados. Na população mundial, 61% das pacientes sobrevivem após cinco anos de diagnóstico.
Para Ruffo de Freitas Junior, presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia, o número de mulheres que não fazem o exame é preocupante. “Melhorou muito em relação ao passado, mas ainda não atingimos a meta da OMS, que é de 70%. Hoje, temos mamógrafos suficientes no país mas, infelizmente, eles estão mal distribuídos. A maioria está nas grandes cidades e capitais, ficando boa parte da população do interior e de pequenas cidades descoberta, com impossibilidade de fazer o exame de maneira rápida”, afirma.
Mamógrafos
De acordo com o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), existem 2.507 mamógrafos em uso no Sistema Único de Saúde (SUS). O parâmetro é de um mamógrafo para cada 240 mil habitantes, portanto a necessidade corresponderia a 833 equipamentos.
Segundo o Ministério da Saúde, o total de exames realizados entre mulheres de 50 e 69 anos aumentou 61,9% entre 2010 (1.547.411) e 2014 (2.506.339). Já em números totais de exames (em todas as faixas etárias), o aumento somou 41,8% entre 2010 (3.035.421) e 2014 (4.304.619). Até junho deste ano, foram realizados 1.820.195, dos quais 1.071.531 na faixa etária prioritária, 50 a 69 anos.
População
A Pesquisa Nacional de Saúde mostrou que o maior número de mamografias foi realizado por mulheres brancas (66,2%) e com superior completo (80,9%). As menores proporções foram observadas em mulheres negras (54,2%), pardas (52,9%) e com fundamental incompleto (50,9%). A região Norte registrou a menor proporção de mulheres que haviam feito o exame (38,7%), seguida das regiões Nordeste (47,9%), Centro-Oeste (55,6%), Sul (64,5%) e Sudeste (67,9%).
Outro ponto importante é o medo que as mulheres têm de fazer a mamografia. O presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia lembra que a mamografia é o único exame que pode reduzir a mortalidade por câncer de mama. A partir dos 40 anos, ele recomenda que o procedimento seja feito anualmente.
O Ministério da Saúde informou que, em outubro de 2012, foi lançado o Programa de Mamografia Móvel no SUS, que tem como objetivo aumentar a cobertura mamográfica em todo território nacional. Atualmente, há 12 unidades habilitadas, sendo cinco na Bahia, quatro no Distrito Federal e três no Tocantins.

Da Agência CNM, com informação da Agência Brasil

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