Derrotado nas últimas eleições, o senador peemedebista propõe novas ações contra os vencedores do pleito (Foto: Érika Fonseca) |
A Coligação Ceará de Todos, liderada pelo PMDB, entrou com outras duas
ações contra o governador Camilo Santana (PT) e a vice-governadora
Izolda Cela (PROS), solicitando dessa vez, a impugnação dos mandatos dos
dois.
Agora são seis o total de ações propostas no
Tribunal Regional Eleitoral cearense contra os eleitos para o Governo do Estado nas eleições do ano passado.
Em dezembro de 2014, pouco antes da diplomação dos eleitos, o
grupo, encabeçado pelo candidato derrotado Eunício Oliveira (PMDB), já
havia entrado com quatro ações de investigação eleitoral. Depois da diplomação, a coligação entrou com duas ações de impugnação
de mandato eletivo, onde os mesmos temas são abordados, mas com penas
diferentes. O TRE ainda não se posicionou a respeito dessas novas ações
em que estão incluídos, também, o ex-governador Cid Gomes e o
ex-secretário de Segurança Pública estadual, Servilho Paiva e outros
integrantes do Governo anterior.
De acordo com o advogado da coligação, Vicente Aquino, o desembargador
Abelardo Benevides, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que ficou como
relator das quatro primeiras ações, já notificou as partes acusadas
para que elas se manifestem. As primeiras ações foram de abuso de poder
político e econômico com captação de sufrágio.
A assessoria de comunicação do governador Camilo Santana disse que não
poderia passar informação sobre as notificações do Tribunal Regional
Eleitoral, visto que estava em um evento externo com o chefe do Poder
Executivo. No entanto, se comprometeu a dar resposta sobre o assunto,
mas até o fechamento desta edição o contato não foi retomado.
Abuso de poder
Uma das ações, impetrada por Eunício Oliveira e pela coligação Ceará de
Todos, formada pelos partidos PMDB, PR, PSDB, DEM, PPS, PSC, PSDC, PTN e
PRP, dispõe sobre denúncia de abuso de poder político e econômico
contra o governador Camilo Santana, assim como contra Izolda Cela, Cid
Gomes, Servilho Paiva, então secretário de Segurança Pública; e Lauro
Carlos de Araújo Prado, comandante Geral da Polícia Militar.
Uma terceira ação, também solicitando investigação judicial eleitoral
por abuso de poder político e econômico contra Camilo, Izolda, além
Carlo Ferrentini, Gilvan Silva, Sergio Fontenele e Nelson Martins, esses
então representantes das secretarias de Cidades, Esporte,
Desenvolvimento Agrário e da superintendência do Desenvolvimento
Agrário.
Dentre os pedidos feitos nessa ação estão a apresentação de toda a
documentação relativa aos convênios firmados pelo Estado com diversas
prefeituras, assim como cassação do diploma e Camilo e Izolda, além de
pena de inelegibilidade para estes e pra os demais promovidos.
Outra ação pede investigação contra até 15 pessoas, dentre elas o
ex-governador Cid Gomes, o ex-secretário de saúde, Ciro Gomes, o
prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, além de Camilo Santana e Izolda
Cela por uso da máquina estatal em favor das suas respectivas
candidaturas governistas.
Dentre as acusações está a veiculação de publicidade institucional no
site oficial do Governo, assim como nas redes sociais, durante os três
meses que antecederam o pleito. Um provável aumento de inserções da
Prefeitura de Fortaleza no período eleitoral também é apontado pela
acusação como manobra para alavancar a candidatura de Camilo Santana na
Capital.
Com informações do Diário do Nordeste
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