De acordo com o senador, uma tomada de contas especial localizou irregularidades na gestão de uma semana, em 2006 (Foto: Mauri Melo) |
Na última semana de campanha e diante de uma disputa bastante
acirrada, o candidato ao Palácio da Abolição Eunício Oliveira (PMDB)
decidiu partir para o ataque. O peemedebista acusou seu adversário Camilo Santana (PT) de ter
desviado verba pública durante sua rápida passagem como prefeito de
Barbalha, município do Cariri cearense.
A acusação foi feita durante evento realizado ontem, em que recebeu
apoio de PEN e PTN, além de setores do PSC que não seguiram decisão do
presidente estadual Wellington Sabóia e permaneceram apoiando o senador. De acordo com o senador, uma tomada de contas
especial localizou irregularidades na gestão de uma semana, em 2006. “Em
sete dias, Deus fez o mundo. Mas em sete dias, ele (Camilo) já roubou
dinheiro público”, acusou Eunício. O petista assumiu a prefeitura de
Barbalha em 16 de junho daquele ano. Segundo colocado na disputa para
gestor municipal de 2004, acabou assumindo o cargo no “tapetão”, quando
Ministério Público Eleitoral conseguiu a cassação da candidatura do
prefeito eleito Rommel Feijó (PTB) dois anos depois, por suposto uso da
máquina pública municipal para captação de votos. Rommel conseguiu
reassumir o cargo sete dias depois.
“Eu já vi esse filme
antes, governador (referindo-se a Cid Gomes). Eu vi esse filme lá em
Brasília: um governador que tinha processo e terminou saindo do palácio
algemado” , ironizou o candidato, fazendo uma alusão ao ex-governador do
Distrito Federal José Roberto Arruda (ex-DEM, atual PR), que foi preso
em 2009.
A assessoria de comunicação de Camilo Santana afirmou que não comentaria acusações sem provas.
Irmãos Ferreira Gomes
Mas
nem só de ataques ao adversário manteve-se a fala de Eunício. Também
houve críticas aos irmãos Ferreira Gomes. “Não querem largar o osso
porque não sabem fazer nada”, atacou o peemedebista. E não ficou por aí.
Ciro Gomes foi descrito como um “desequilibrado” e um
“tresloucado” pelo senador, que lançou um desafio. “Se ele apresentou,
se ele aprovou um único projeto na Câmara dos Deputados, eu renuncio ao
meu mandato de senador”, prometeu.
Acusou o governador -
tachado por ele de “extravagante” - de ter criado divisões nas polícias.
Sobre isso, ele aproveitou para alfinetar Camilo. “Eu dizia ao meu
concorrente: você está dizendo na televisão que tem um cunhado que é há
catorze anos soldado da Polícia. Ele devia votar em mim, e não em você,
porque eu vou fazer as promoções na Polícia”, disse.
Eunício ainda teve encontro com sindicalistas da Força Sindical pela manhã, que lhe declaram apoio.
Com informações do O Povo Online
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