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segunda-feira, 21 de abril de 2014

Mais de mil adolescentes já foram apreendidos no Ceará em 2014


O número de apreensões de crianças e adolescentes no Ceará neste ano já ultrapassou a barreira de mil.Somente em janeiro e fevereiro de 2014,foram apreendidos 1.013 meninos com idade até 18 anos.Os dados são da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).
Se comparado ao mesmo período do ano passado,o total de 2014 é superior em 195 casos.Além disso,a média de apreensões por mês em 2014 é de 506.Já em 2013,é de 438.O que mostra maior atuação de crianças e adolescentes no mundo do crime ou ação policial mais precisa.
Motivação
Além disso,ainda de acordo com os dados da secretaria,o principal tipo de infração cometida por esses jovens é o crime violento contra o patrimônio (24,73%),como roubos.Em seguida,aparece o tráfico lícito de drogas,que somado ao consumo de drogas,são os delitos cometidos por 20,24% das apreensões.
“Não se pode responsabilizar somente as drogas por esse resultado [número de apreensões].Há uma série de deficiências no que se refere às políticas voltadas para a juventude,isso sem falar no contexto de vulnerabilidade social em que muitos jovens e adolescentes vivem”,pondera Ricardo Moura,que é pesquisador do Laboratório de Estudos da Violência (LEV).
Aliado a isso,as escolas não conseguem ser um espaço atrativo e acolhedor para esse público.“Temos então uma série de condições que propiciam o ingresso desse jovem e adolescente em redes criminosas que se alimentam do comércio ilegal de armas de fogo e drogas.E,o mais preocupante,é que esse recrutamento para o mundo do crime ocorre cada vez mais cedo”.
Solução?
Em um período em que o estado e, principalmente,Fortaleza passam por uma forte onda de violência,medidas devem ser adotadas para minimizar os números e reverter o quadro.“O primeiro passo é encarar a nossa juventude como uma fonte potencial de riquezas e não apenas como um problema social”.
Já o segundo passo,seria reformular os centros educacionais para cumprir realmente o que determina o Estatuto da Criança e do Adolescente.Superlotados e sem as condições necessárias,essas unidades dificilmente conseguirão oferecer uma possibilidade real de mudança de vida aos adolescentes internados.


Com informações do Tribuna do Ceará

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