Policiais fazem o trabalho nos municípios do Interior,mas
agropecuaristas reivindicam maior eficácia das autoridades
(Foto:Alex Pimentel)
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O roubo de animais,de carros,de motos,de transformadores de energia
elétrica,os homicídios,a chegada do tráfico de drogas,assaltos a
produtores e a bancos no Interior estão deixando produtores rurais
apreensivos em todo o Estado.A situação, confirmada pelo presidente
Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará(Faec), Flávio
Saboya,é considerada alarmante e preocupante.Ele diz que os produtores
querem uma solução urgente.Além da seca,o medo e os prejuízos
econômicos estão desestimulando o setor."Muitos estão querendo
abandonar as atividades no campo",afirma ele.
A cada dia o número de ocorrências e de vítimas cresce.Numa delas o
presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará
(Ematerce),José Maria Pimenta,foi a vítima.Dois transformadores foram
furtados da fazenda dele,situada na zona rural de Quixeramobim,em
duas madrugadas.Em outras localidades daquele município está
acontecendo o mesmo problema.Os equipamentos elétricos estão sendo
arrancados dos postes,pelos criminosos,para serem utilizados na
montagem de paredões de som.
O presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Madalena e secretário de Agricultura deste município,Francisco Almir,considera a situação muito grave.Para ele,não há mais tranquilidade na zona rural.Muitos produtores estão preferindo se mudar para os centros urbanos,onde ficam mais próximos das pessoas e da Polícia.Ele e os vizinhos já perderam alguns animais.As reclamações de furtos na região são constantes."E não bastasse isso até os ataques aos bancos estão causando transtornos.Madalena ficou praticamente um ano sem a agência do Banco do Brasil.Foi destruída pelos bandidos no início ano",disse.
Denúncias
Conforme o presidente da Faec,a reclamação é geral,inclusive na Região Metropolitana de Fortaleza.Em Maranguape,um canavial foi incendiado por malfeitores.A denúncia foi feita pelo presidente do Sindicato Rural daquele município,Eduardo Rola Peixoto.Todos esses problemas foram passados para o secretário de Segurança Pública do Estado,Servilho Silva de Paiva,no Agropacto,um fórum do setor realizado no início da semana,na Capital.
No encontro com os agropecuaristas,Servilho de Paiva destacou algumas estratégias,as quais pretende implantar no Interior.Ele apontou o Pró-Cidadania,um programa implantado pelo governo do Estado,como um reforço da solução mais rápida para a problemática da insegurança no campo.Citou ainda a parceria com os municípios,onde o Estado entra com metade da mão-de-obra,carro,equipamento e o município com a outra metade,como fundamental.
"O grande desafio da Secretaria de Segurança Publica é fazer uma gestão continuada, através de um Sistema Estadual de Controle do Crime.De um lado,a formação,e do outro,a disciplina,apresentando como desafios:prevenção social e a repressão qualificada",pontuou o secretário.Ele citou como exemplo o caso do município de Tauá, onde a prefeita Patrícia Aguar implantou o programa Pró-Cidadania e está colhendo excelentes resultados na diminuição do índice de violência.Pode constatar na semana passada,na visita ao Festberro. "O Pró-Cidadania é um dos caminhos que eu entendo como bastante razoável,para que possamos ter uma resposta mais célere",completou no seu pronunciamento no Agropacto.
Na ocasião Servilho de Paiva justificou não haver policiais o suficiente para permanecerem em todos os distritos,como reivindicaram alguns produtores."As sedes dos municípios,por terem maior concentração da população e maior número de serviços,devem concentrar também maior número de policiais",justificou.Ele reconheceu o quantitativo de policiais e de veículos ainda pequeno para as necessidades.Lamentavelmente,os boletins de ocorrência não estão tendo a resolubilidade esperada.De fato estão ocorrendo muitos roubos de animais,de equipamentos agrícolas.Reforços no efetivo e novos aparelhos de segurança devem reduzir essas estatísticas negativas.
A respeito dos números de ocorrências policiais,a assessoria da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) explicou a necessidade de encaminhar a solicitação ao Departamento de Estatística da pasta para realizar esses levantamentos.Dados estão disponíveis do portal virtual do órgão.Mas os indicadores criminais disponíveis são generalizados,crimes contra a pessoa (homicídios),de crimes contra o patrimônio,de roubos e furtos de veículos,de apreensão de armas e de apreensão de drogas.Os dados são fornecidos a partir dos Boletins registrados nas delegacias.
O diretor do Departamento de Polícia do Interior (DPI),Jocel Dantas,aponta o registro do Boletim de Ocorrência (B.O.) como fundamental para a ação policial.Além de ser registrado nas estatísticas,através dele a Polícia Civil tem os primeiros elementos para realizar as investigações.Não havendo o registro,as estatísticas reais não chegam à Secretaria de Segurança Pública.Os números,oficiais,são utilizados no planejamento das políticas de segurança.
O presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Madalena e secretário de Agricultura deste município,Francisco Almir,considera a situação muito grave.Para ele,não há mais tranquilidade na zona rural.Muitos produtores estão preferindo se mudar para os centros urbanos,onde ficam mais próximos das pessoas e da Polícia.Ele e os vizinhos já perderam alguns animais.As reclamações de furtos na região são constantes."E não bastasse isso até os ataques aos bancos estão causando transtornos.Madalena ficou praticamente um ano sem a agência do Banco do Brasil.Foi destruída pelos bandidos no início ano",disse.
Denúncias
Conforme o presidente da Faec,a reclamação é geral,inclusive na Região Metropolitana de Fortaleza.Em Maranguape,um canavial foi incendiado por malfeitores.A denúncia foi feita pelo presidente do Sindicato Rural daquele município,Eduardo Rola Peixoto.Todos esses problemas foram passados para o secretário de Segurança Pública do Estado,Servilho Silva de Paiva,no Agropacto,um fórum do setor realizado no início da semana,na Capital.
No encontro com os agropecuaristas,Servilho de Paiva destacou algumas estratégias,as quais pretende implantar no Interior.Ele apontou o Pró-Cidadania,um programa implantado pelo governo do Estado,como um reforço da solução mais rápida para a problemática da insegurança no campo.Citou ainda a parceria com os municípios,onde o Estado entra com metade da mão-de-obra,carro,equipamento e o município com a outra metade,como fundamental.
"O grande desafio da Secretaria de Segurança Publica é fazer uma gestão continuada, através de um Sistema Estadual de Controle do Crime.De um lado,a formação,e do outro,a disciplina,apresentando como desafios:prevenção social e a repressão qualificada",pontuou o secretário.Ele citou como exemplo o caso do município de Tauá, onde a prefeita Patrícia Aguar implantou o programa Pró-Cidadania e está colhendo excelentes resultados na diminuição do índice de violência.Pode constatar na semana passada,na visita ao Festberro. "O Pró-Cidadania é um dos caminhos que eu entendo como bastante razoável,para que possamos ter uma resposta mais célere",completou no seu pronunciamento no Agropacto.
Na ocasião Servilho de Paiva justificou não haver policiais o suficiente para permanecerem em todos os distritos,como reivindicaram alguns produtores."As sedes dos municípios,por terem maior concentração da população e maior número de serviços,devem concentrar também maior número de policiais",justificou.Ele reconheceu o quantitativo de policiais e de veículos ainda pequeno para as necessidades.Lamentavelmente,os boletins de ocorrência não estão tendo a resolubilidade esperada.De fato estão ocorrendo muitos roubos de animais,de equipamentos agrícolas.Reforços no efetivo e novos aparelhos de segurança devem reduzir essas estatísticas negativas.
A respeito dos números de ocorrências policiais,a assessoria da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) explicou a necessidade de encaminhar a solicitação ao Departamento de Estatística da pasta para realizar esses levantamentos.Dados estão disponíveis do portal virtual do órgão.Mas os indicadores criminais disponíveis são generalizados,crimes contra a pessoa (homicídios),de crimes contra o patrimônio,de roubos e furtos de veículos,de apreensão de armas e de apreensão de drogas.Os dados são fornecidos a partir dos Boletins registrados nas delegacias.
O diretor do Departamento de Polícia do Interior (DPI),Jocel Dantas,aponta o registro do Boletim de Ocorrência (B.O.) como fundamental para a ação policial.Além de ser registrado nas estatísticas,através dele a Polícia Civil tem os primeiros elementos para realizar as investigações.Não havendo o registro,as estatísticas reais não chegam à Secretaria de Segurança Pública.Os números,oficiais,são utilizados no planejamento das políticas de segurança.
Medidas a serem adotadas pelos produtores
A falta de dados quantitativos sobre os casos de roubos nas propriedades rurais no Interior do Estado deve-se a falta de registro de ocorrências junto às delegacias no Interior.Para tanto,os órgãos de segurança pública do Estado fazem algumas recomendações aos produtores rurais,como forma de melhorar os serviços de apoio às vítimas desse tipo de crime.Entre as orientações estão: Manter os números dos telefones dos órgãos de segurança mais próximos sempre disponíveis;os telefones das propriedades vizinhas também são importantes;manter as baterias dos telefones celulares sempre carregadas;luzes de emergência ou geradores instalados em local seguro;após o roubo ou furto registrar o Boletim de Ocorrência (B.O.) na delegacia mais próxima;e manter contato constante com as delegacias cobrando a investigação.
Mais informações
Faec - Rua Edite Braga, 50
Jardim América, Fortaleza
(85) 3535.8000
SSPDS, Av. Bezerra de Menezes, 581 - (85) 3101.6525
A falta de dados quantitativos sobre os casos de roubos nas propriedades rurais no Interior do Estado deve-se a falta de registro de ocorrências junto às delegacias no Interior.Para tanto,os órgãos de segurança pública do Estado fazem algumas recomendações aos produtores rurais,como forma de melhorar os serviços de apoio às vítimas desse tipo de crime.Entre as orientações estão: Manter os números dos telefones dos órgãos de segurança mais próximos sempre disponíveis;os telefones das propriedades vizinhas também são importantes;manter as baterias dos telefones celulares sempre carregadas;luzes de emergência ou geradores instalados em local seguro;após o roubo ou furto registrar o Boletim de Ocorrência (B.O.) na delegacia mais próxima;e manter contato constante com as delegacias cobrando a investigação.
Mais informações
Faec - Rua Edite Braga, 50
Jardim América, Fortaleza
(85) 3535.8000
SSPDS, Av. Bezerra de Menezes, 581 - (85) 3101.6525
Com informações do Diário do Nordeste
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