Cristovam Buarque é o autor do Projeto de Lei(Foto:Google Imagens) |
Médicos formados por meio de custeio com recursos públicos,tanto em
instituições públicas como privadas,deverão realizar dois anos de
exercício social da profissão.É o que prevê projeto de lei do senador
Cristovam Buarque (PDT-DF) que está pronto para ser votado na Comissão
de Educação,Cultura e Esporte (CE).Depois do exame na CE,a matéria
ainda será examinada pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS),onde
receberá decisão terminativa.
De acordo com o projeto de lei do Senado ( PLS 168/2012)
os médicos recém graduados devem prestar serviços em municípios com
menos de 30 mil habitantes,bem como em comunidades carentes localizadas
em regiões metropolitanas.O exercício social da profissão de médico
deve ser cumprido em jornada integral e exclusiva de 40 horas semanais,com todos os direitos trabalhistas e previdenciários.Por emenda do
relator na CE,senador Paulo Paim (PT-RS),ficam dispensados do
exercício social da profissão os médicos convocados para prestar o
serviço militar obrigatório.
Apesar do avanço científico e
tecnológico e da sofisticação da medicina,observou Cristovam na
justificação da proposta,o atendimento público à saúde ainda é
precário.Em cidades pequenas e médias,destacou,além da carência de
profissionais da área da saúde,em especial de médicos,também há falta
de equipamentos e de materiais.Em consequência,disse o senador,as
pessoas procuram atendimento médico em cidades maiores,o que
sobrecarrega o sistema de saúde dessas localidades.
-Nessas
grandes cidades vigora o caos.Emergências superlotadas;postos de saúde
-que deveriam prover a primeira triagem dos enfermos -com prédios e
equipamentos sucateados,quando não inexistentes;filas para consultas e
cirurgias,para procedimentos que não admitem espera;hospitais sem
leitos disponíveis,em que os gestores tentam esconder da imprensa os
doentes amontoados em corredores;os pacientes desassistidos,as vidas
abreviadas,ressaltou Cristovam Buarque.
Na avaliação do autor,a
proposta contribuirá para socializar as experiências públicas e as
iniciativas privadas que reduzam as desigualdades no tratamento de saúde
entre pessoas ricas e pobres.
Agencia Senado
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