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sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Feijão e arroz estão cerca de 40% mais caros

O arroz e o feijão estão entre os principais  produtos que foram  responsáveis pela alta da inflação no fechamento do último ano,segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) publicado ontem(10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).O arroz ficou 38,51% mais caro,enquanto que o feijão mulatinho teve alta de 40,04% em 2012.O levantamento mostra que,no índice geral,a vida ficou 6,7% mais cara em Fortaleza no último ano.
O resultado apresentado pela capital cearense foi o quarto maior entre as 11 capitais pesquisadas e também está acima do valor nacional,que ficou em 5,84% - acima do centro da meta projetada pelo Banco Central (BC).

No índice referente apenas ao mês de dezembro,a inflação em Fortaleza teve a segunda maior alta do País,com 1,27%,atrás apenas do Rio de Janeiro (1,76%).Em todo o país,o avanço mensal dos preços foi de 0,79% no período.Além de feijão e arroz,os gêneros alimentícios tiveram as maiores altas do ano passado.A farinha de mandioca quase dobrou de preço em 2012,ficando 90,46% mais cara.O aumento na banana-prata ficou em 45,42%.Alho e batata-inglesa aparecem em seguida no topo da lista,com encarecimento de 44,5% e 42,79% respectivamente.
Alguns produtos também tiveram queda nos preços em Fortaleza. As maiores registradas foram as de microcomputadores,que ficaram 15,03% mais baratos e televisores,cuja deflação chegou a 12,95%.
Análise 
Segundo Sérgio Melo,presidente nacional do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef),a alta da inflação foi causada pelo desequilíbrio entre oferta e demanda.Ele explica que o aumento da renda, com consequente crescimento no poder de consumo da população,não foi acompanhado pela produção industrial.O impacto do poder de consumo do brasileiro é ainda maior na região Nordeste,mais pobre que Sul e Sudeste,conforme diz Marco Holanda,professor do departamento de economia aplicada da Universidade Federal do Ceará (UFC).
Também impulsionando a demanda,não acompanhada pela oferta,está a alta na oferta de crédito,incentivado pelo Governo,com redução de juros e facilidades de pagamento.Melo destaca que o comércio foi outro a ampliar os financiamentos.“O comércio também facilitou crédito,o que cria moeda.Isso está fora do controle das autoridades monetárias.O Banco Central tem ingerência sobre instituições financeiras,mas não pelo comércio”,diz.
Para Holanda,o índice fortalezense maior que o nacional se explica pela seca,que diminui a oferta de gêneros alimentícios.Também pesa a infraestrutura precária do Brasil,que dificulta a chegada de produtos à cidade.“Tem a ver com infraestrutura porque estamos mais longe da produção nacional.As medidas protecionistas do Governo que também pressionam inflação”,critica. 
Reproduzida do O Povo

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