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quarta-feira, 24 de junho de 2015

Presídios do Ceará têm terceira maior superlotação do país

O número de presos no Ceará é mais de duas vezes maior que o número de vagas no sistema prisional. São mais de 24 mil detentos em um espaço adequado para 11 mil pessoas, uma diferença de 111%. Pernambuco é o estado brasileiro que enfrenta a pior superlotação de presídios, com diferença de 183%, seguido de Amazonas, com 175%.
O país tem um déficit de 244 mil vagas no sistema penitenciário e já conta com 615.933 presos. Destes, 39% estão em situação provisória, aguardando julgamento. É o que mostra um levantamento feito com base em dados fornecidos pelos governos dos 26 estados e do Distrito Federal referentes a maio deste ano.
Na segunda-feira (22), o G1 havia mostrado que o número de vagas para menores no Ceará também fica abaixo do número de jovens internados. Os centros de detenção do Ceará têm a segunda maior superlotação de adolescentes do país. As unidades comportam 148% detentos além da capacidade, segundo relatório do Conselho Nacional do Ministério Público, com base em dados de 2014. Maranhão lidera o ranking negativo, com 786% mais internos que o número de vagas. Distrito Federal e outros 14 estados também enfrentam superlotação.
Avaliação negativa do sistema prisional
Em 2013, um estudo do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) classificou o sistema carcerário do Ceará como o pior do país. "O sistema carcerário do país todo é ruim e existem locais em que é pior do que outros. O [sistema prisional do] Ceará está entre os piores". foi é a avaliação do juiz Paulo Augusto Irion, coordenador do Mutirão Carcerário do Conselho Nacional de Justiça.
Foram apresentadas algumas das constatações. Os problemas serão registrados no relatório final do mutirão, que deverá ser consolidado até o fim de setembro e encaminhado ao Poder Judiciário e ao Governo do Estado. No relatório também deverá constar recomendações de soluções e melhorias do sistema carcerário.  "Nós, unindo forças podemos resolver. No momento em que a gente encarar essa realidade - não como algo somente crítico, somente para apontar defeito, mas para buscar soluções, nós conseguiremos, sim, reverter", acredita o juiz.


As informações são do portal G1/CE

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