Corpo de professora foi encontrado com sinais de abuso sexual em Paranavaí (Foto: Reprodução/R7) |
A Polícia Civil do Paraná registrou ao menos quatro casos suspeitos de
necrofilia neste ano. A prática acontece, geralmente, em cemitérios,
onde os túmulos são violados para que os suspeitos pratiquem sexo com o
cadáver. O número de crimes desse tipo pode ser maior, porque nem sempre
a família do morto registra um BO (Boletim de Ocorrência).
Um dos casos de necrofilia aconteceu no cemitério de Paranavaí, em maio deste ano, onde o corpo de uma professora foi encontrado fora do caixão com sinais de abuso sexual. A professora, que morreu de câncer, havia sido sepultada menos de 24 horas antes do crime.
Mas nem todos os necrófilos optam por praticar sexo com cadáveres
recém-enterrados e acabam abusando de corpos em estágios mais avançados
de decomposição.
Dois cadáveres com suspeita de abuso sexual no cemitério de Umuarama
estavam enterrados havia 60 dias. Os corpos, de um homem e de uma
mulher, foram encontrados sem as roupas ou com parte delas. A Polícia
Civil enviou os dois cadáveres para perícia, que irá determinar se houve
a prática da necrofilia.
Um novo caso suspeito foi registrado também em Umuarama há cerca de uma
semana. De acordo com o delegado Antonio Angelo Colombo, que está à
frente das investigações, o túmulo de uma mulher foi violado e o cadáver
apresentava sinais de abuso sexual.
"Trabalhamos com a hipótese de um doente mental estar por trás dos
crimes, mas também não descartamos que seja alguém com a intenção de
roubar algo de valor dos túmulos. Ainda não temos suspeitos, mas há duas
pessoas que estamos em fase de averiguação".
Sem abuso
Além das suspeitas de necrofilia, há também neste ano casos de violação
de túmulos registrados em Umuarama, Bandeirantes, Rio Bonito do Iguaçu,
Pinhão, Ponta Grossa, Cascavel e Goioxim. Em algumas dessas cidades,
somente os túmulos foram violados e os corpos preservados, porém, em
Umuarama, o corpo de um homem foi encontrado de bruços, e em Ponta
Grossa um crânio foi roubado.
Os casos em que os corpos ficam intactos, mas o túmulo sofre algum tipo
de depredação, são registrados como "destruição, subtração ou ocultação
de cadáver". Quando existe a suspeita de necrofilia ou, por algum
motivo, como roubo, o corpo é violado, o crime atribuído é o de
"vilipêndio a cadáver", que significa que o corpo foi desrespeitado.
Quem comete o crime de vilipêndio a cadáver pode ficar na cadeia de um a
três anos e ainda terá que pagar uma multa.
O Paraná lidera a busca na internet do termo necrofilia. De acordo com o
Google, o Estado está à frente na busca desde 2004, quando a medição
começou a ser feita. Não é possível afirmar que a busca esteja ligada
apenas ao interesse sexual de alguns paranaenses. Os casos também podem
despertar a curiosidade dos moradores do Estado e fazer com que as
buscas na internet aumentem. Porém, na medição nacional, os termos mais
buscados não indicam a vontade de se informar sobre o assunto. No
ranking dos três termos mais buscados no Google desde 2004 estão: "sexo
necrofilia", "necrofilia vídeos" e "fotos necrofilia".
As informações são do portal R7
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