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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Eletrobras quer enxugar até 15% dos funcionários após renovar concessões

Empresa quer demitir 3 mil em 2 anos(foto:G1.Com)
A Eletrobras está reavaliando o PDV (Plano de Demissão Voluntária) que vinha preparando antes da edição da medida provisória MP 579, que reduziu receitas das elétricas para permitir corte na tarifa de energia.
O Sistema Eletrobras tem 30.562 trabalhadores.A expectativa é que a adesão ao PDV atinja entre 10% e 15% do total,um pouco mais de 3.000. O processo levaria cerca de dois anos.
A Folha apurou que as condições definidas antes da MP --um salário por ano trabalhado,um ano de plano de saúde e valor correspondente à multa de 40% do FGTS-- dificilmente serão mantidas,pelo alto custo.
A perda com a MP 579 é estimada,na Eletrobras,em R$ 8 bilhões. Segundo cálculos internos,seria necessário diminuir em 50% os gastos com pessoal e com serviços ligados a pessoal.
O problema é que provavelmente quem vai aderir ao PDV são funcionários antigos,cujos salários são altos.E essa adesão só virá se a proposta for atraente.
Em Furnas,uma das empresas do grupo que está finalizando um PDV iniciado em 2011,1.400 pessoas (33%) aderiram à proposta de receber meio salário por ano trabalhado,limitado a 24 anos e teto em torno de R$ 200 mil,e um ano de plano de saúde,além de valor correspondente a 40% do FGTS.
A economia da Eletrobras virá também com a venda de 51% do controle das seis distribuidoras federalizadas:as distribuidoras do Acre,Amazonas,Rondônia,Roraima,Piauí e Alagoas.Em 2011 o prejuízo dessas empresas foi de R$ 840 milhões e em 2010,de R$ 1,5 bilhão.
A ideia é juntar todas as empresas em uma holding a ser leiloada. Entre os interessados estaria a Equatorial Energia,que controla distribuidoras do Nordeste.A empresa não comentou.




Folha de Sao Paulo

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