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| Agência Brasil) |
A ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva, 66 anos, teve morte
cerebral hoje (2). Ela está na unidade de terapia intensiva (UTI) do
Hospital Sírio-Libanês desde o dia 24 de janeiro.
Segundo boletim médico, foi realizado um doppler transcraniano que
identificou a ausência de fluxo cerebral na paciente. Diante do
resultado e com autorização da família, foram iniciados os procedimentos
preparativos para a doação de órgãos.
Pelo Facebook, a família da ex-primeira-dama agradeceu as manifestações de afeto recebidas no últimos dias. “A
família Lula da Silva agradece todas as manifestações de carinho e
solidariedade recebidas nesses últimos 10 dias pela recuperação da
ex-primeira-dama Dona Marisa Letícia Lula da Silva. A família autorizou
os procedimentos preparativos para a doação de órgãos”, diz a mensagem
na rede social.
A ex-primeira-dama foi internada após
sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico. Marisa foi
acompanhada pelas equipes coordenadas pelos médicos Roberto Kalil Filho,
Milberto Scaff, Marcos Stávale e José Guilherme Caldas.
Mulher discreta
Marisa
Letícia Lula da Silva nasceu em São Bernardo do Campo (SP), em 1950,
sob o nome de Marisa Letícia Casa. Figura discreta ao lado do marido, o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Marisa começou a trabalhar aos
nove anos, como babá na casa de um sobrinho do pintor Cândido Portinari.
Cresceu em uma família de onze irmãos e casou-se aos 19 anos com o
taxista Marcos Cláudio da Silva. Três meses depois e grávida do primeiro
filho, Marisa viu-se viúva após Marcos Cláudio ser assassinado durante
um assalto.
Em 1973 conheceu Lula no Sindicato dos Metalúrgicos.
Sete meses após se conhecerem, casaram. Com Lula, teve três filhos.
Também compõem a família Marcos, filho do primeiro marido, e a enteada
Lurian, filha de outro relacionamento de Lula. Marisa esteve ao lado de
Lula durante sua ascensão política, desde os tempos de sindicato,
passando pela fundação do PT – que ajudou a criar – até a presidência da
República, em 2003.
Marisa foi condecorada, em 2003, com a
Grã-Cruz da Ordem do Mérito Real, concedida pelo rei Haroldo V e a
rainha Sônia da Noruega, durante a visita ao Brasil. Também foi
condecorada por Portugal com a Ordem da Liberdade, também em 2003, e a
Ordem Militar de Cristo, em 2008.
Durante os anos no Palácio da
Alvorada, Marisa não encabeçou projetos sociais, função comum às
primeiras-damas anteriores, e deixava os holofotes para o marido. Mas
durante as corridas presidenciais participava, junto com ele, de
comícios, passeatas e outros compromissos de campanha. Em 2011,
incentivou Lula a realizar os exames que descobriram um câncer na
laringe. Foi Marisa que cortou os cabelos e a barba do marido,
antecipando os efeitos da quimioterapia.
Em 2016, a ex-primeira dama viu seu nome envolvido nas investigações da Operação Lava Jato. Tornou-se ré nas investigações após
a Justiça acatar a denúncia do Ministério Público Federal contra ela e
Lula no caso do triplex no Guarujá (SP). Mesmo aceitando a denúncia, o
juiz Sérgio Moro “lamentou” as acusações envolvendo Marisa Letícia.
Segundo o juiz, há dúvidas se a esposa de Lula tinha conhecimento dos
supostos crimes envolvendo acertos de propina no esquema da Petrobras.
As informações são da Agência Brasil

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