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| (Foto:Reprodução/ Internet) |
Segundo
o diretor médico do IJF, Osmar Aguiar, o perfil do acidentado, embora
continue a ser predominantemente homem com faixa etária entre 19 e 45
anos, tem mudado: “de uns cinco anos para cá, a gente vem observando
mais frequentemente idosos e crianças pilotando as motos”, criticou o
médico.
Conforme Osmar, acidentes envolvendo motociclistas se
devem, principalmente, ao não uso do capacete, à ingestão de bebida
alcoólica e à falta de habilitação para pilotar. O
superintendente-adjunto do Departamento Estadual de Trânsito
(Detran-CE), Daniel Barreto, reforça que o quantitativo de habilitados
não acompanha a frota. Conforme o site do departamento, o Ceará tem
1.074.744 motociclistas com permissão para conduzir. Barreto ainda
detalha: “85% (dos acidentes) são por imprudência do condutor da moto”.
Contudo, foi por causa de um cachorro que atravessava uma rua de
Sobral que o motorista Francisco Cleiton Araújo, 32, caiu da moto em que
trafegava com o irmão. Por causa do acidente, ele está há dois anos e
cinco meses em tratamento pelo IJF, na tentativa de recuperar a ossada
da perna esquerda. Francisco está sem trabalhar, recebe apoio financeiro
da previdência social e tem de se deslocar de Sobral para Fortaleza ao
menos uma vez por mês, para tratamento.
Atendimento
Se
a maior parte dos acidentados de moto fosse socorrida e acompanhada nos
hospitais especializados das macrorregiões de saúde do Estado, tanto os
pacientes não teriam de fazer viagens sucessivas ao IJF, como faz
Francisco, como o hospital não ficaria tão sobrecarregado, visto que 61%
dos atendimentos relacionados a trânsito na unidade são apenas para
motociclistas.
No entanto, segundo Osmar, alguns serviços
financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Interior estariam
sendo desativados, o que acabaria forçando a transferência para a
Capital. “Pacientes de média complexidade não deveriam vir pra cá”,
lamentou.
Fiscalização
Segundo o
superintendente-adjunto do Detran, a fiscalização de motociclistas no
Interior conta com o apoio da Polícia Rodoviária Estadual (PRE), mas só
poderá ser eficaz quando todos os municípios tiverem as próprias
autarquias de trânsito. Atualmente, conforme o site do departamento,
somente 25% dos municípios cearenses aderiram ao sistema. Daniel comenta
que há um estigma entre os prefeitos de que o supervisionamento poderia
ser “antipático” para a população. “Tem antipatia no primeiro momento,
mas depois as pessoas adoram porque o trânsito fica ordenado e diminui
os acidentes”.
As informações são do O Povo Online
As informações são do O Povo Online

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