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A presidenta da República, Dilma Rousseff, disse hoje que as
manifestações contra seu governo, marcadas para amanhã (13) em várias
cidades do país, devem ser tratadas “com todo respeito”. Durante visita ao município de Franco da Rocha (SP), Dilma aproveitou para defender a liberdade de expressão e a democracia.
“Para mim é muito importante a democracia no nosso país, então eu
acredito que o ato de amanhã deve ser tratado com todo respeito", disse.
"Então, eu faço um apelo pela paz e pela democracia", afirmou. "Nós
vivemos um momento em que as pessoas podem se manifestar, podem externar
o que pensam, e isso é algo que nós temos de preservar”.
Dilma
também pediu para que as manifestações ocorram em paz, sem violência ou
vandalismo. “Não acho que seja cabível, e acho que é um desserviço para o
Brasil, qualquer ação que constitua provocação, violência e atos de
vandalismo de qualquer espécie. Então, eu faço um apelo pela paz e pela
democracia”.
A última grande manifestação contra o governo
Dilma Rousseff, em março de 2015, levou muitas pessoas às ruas em todo o
Brasil. Não houve, no entanto, registros de violência pelas polícias
locais.
As manifestações de amanhã ocorrem após três episódios
negativos para o PT e o governo nas últimas duas semanas. O primeiro
deles foi uma suposta delação premiada feita pelo senador Delcídio do
Amaral (PT-MS). O teor da delação, não confirmada por Delcídio envolve tanto o ex-presidente Lula quanto Dilma em atos para interferir nas investigações da Operação Lava Jato.
Já
no último dia 4, o ex-presidente foi levado pela Polícia Federal (PF),
em cumprimento de mandado de condução coercitiva. A ação da PF, ocorrida
no âmbito da Operação Lava Jato, foi considerada um “ultraje” por Lula, além de muito criticada por membros do governo e pela própria presidenta Dilma.
O
último episódio, também envolvendo Lula, foi igualmente criticado pelo
governo federal. O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) pediu sua prisão preventiva, causando revolta nos aliados do ex-presidente. Membros da oposição no Congresso Nacional viram o episódio com cautela.
O
líder do PSDB na Casa, Cássio Cunha Lima (PB), por exemplo, disse que é
preciso ter prudência e criticou o pedido de prisão preventiva. “Não
estão presentes os fundamentos que autorizam o pedido de prisão
preventiva, até porque o Ministério Público Federal e a Polícia Federal
fizeram buscas e apreensões muito recentemente, à procura de provas.
Vivemos um momento incomum na vida nacional. É preciso ter prudência”,
afirmou o líder tucano, em nota à imprensa.
Mais enfática, Dilma
considerou o pedido do MP-SP “um absurdo”, “sem base legal”, “É um
absurdo, não tem base legal. O governo repudia em gênero, número e grau
este ato contra o presidente Lula. Este é um momento de diálogo, calma e
pacificação”, disse a presidenta ontem (11), em entrevista à imprensa.
As informações são da Agência Brasil

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