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| Gaia Molinari foi encontrada morta no dia 25 de dezembro, próximo à Pedra Furada (Foto: Arquivo pessoal) |
Um ano após a morte
da turista Gaia Molinari, a polícia cearense não tem respostas sobre a
autoria do crime. Os investigadores chegaram a considerar três
possibilidades, sendo eles um casal estrangeiro, formado por uma
francesa e um uruguaio; um italiano instrutor de windsurfe; e a
farmacêutica Mirian França de Mello, que chegou a ficar detida por um
mês. Sem um desfecho, a família da italiana continua à espera das
investigações.
“Sabe
o que é nada? A gente não tem nada, nenhuma informação. Entramos em
contato com a polícia, mas até agora não temos nada, sequer podemos
conversar com quem está à frente das averiguações. Às vezes a família
entra em contato, mas a gente não pode dizer nada, porque eles [polícia]
não emitem nenhum parecer, positivo ou negativo”, explica o cônsul
honorário da Itália no Ceará, Roberto Misici.
De
acordo com o cônsul, o último contato da polícia cearense foi em junho
deste ano, e sem informações. A Polícia Civil do Ceará informa que as
apurações sobre a morte de Gaia Molinari continuam sendo realizadas e
objetivam identificar e prender os envolvidos no crime.
A
equipe de investigação é coordenada pelo delegado Rommel Kerth, diretor
do Departamento de Polícia Especializada (DPE), e composta pela
delegada Patrícia Bezerra, atual diretora adjunta da Divisão de Combate
ao Tráfico de Drogas (DCTD), que continua presidindo o inquérito
policial; e os delegados Vicente Aguiar, da Divisão Antissequestro
(DAS), e Danilo Rafanelle, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa
(DHPP).
“Outros
detalhes sobre o caso não podem ser repassados para não comprometer o
andamento das apurações”, informou a Polícia em nota.
Relembre o caso Em 25 de dezembro de 2014, a italiana Gaia Molinari foi encontrada morta na Praia de Jericoacoara, em Jijoca, a 287 quilômetros de Fortaleza. O corpo da turista estava próximo à Pedra Furada, um dos principais pontos turísticos da região. Ela estava de biquíni, canga e mochila. Foram encontrados ainda uma baladeira, roupas e um cordão contendo material genético da italiana. Gaia foi morta por asfixia mediante estrangulamento, de acordo com o laudo da necrópsia realizado no Instituto Médico-Legal de Sobral. Ela apresentava lesões na cabeça e arranhões pelo corpo.
Dois dias após o corpo ter sido encontrado, a polícia chegou a prender um suspeito na própria localidade de Jericoacoara, mas foi liberado depois de realizar exames periciais e depoimentos. Na ocasião, a delegada-adjunta da Delegacia de Proteção ao Turista (Deprotur), Patrícia Bezerra, afirmou que não houve indícios suficientes para a prisão em flagrante do suspeito.
O crime ganhou reviravolta quando uma amiga de Gaia Molinari, a farmacêutica Mirian França, foi detida devido a depoimentos contraditórios, segundo a polícia. No dia 26 de janeiro, a carioca havia prestado depoimento na condição de testemunha e depois viajou para Canoa Quebrada, outro destino turístico do Ceará. Gaia e Mirian conheceram-se em uma pousada em Fortaleza, dias antes do assassinato.
Após o primeiro depoimento da farmacêutica, a polícia voltou a ouvir Mirian França e chegou à conclusão de que a carioca era suspeita de participação na morte de Gaia Molinari, pois seu discurso havia mudado. Ela foi encaminhada à Delegacia de Capturas e Polinter (Decap), onde permaneceu por 15 dias. Na ocasião, o juiz José Arnaldo dos Santos Soares, da Comarca de Jijoca, revogou a prisão temporária depois de analisar informações enviadas pelas Polícia Civil e decidir que “a prisão temporária não deve se aplicar à Mirian”.
A italiana Gaia foi enterrada no dia 17 de janeiro, em uma cerimônia realizada na cidade de Rivalta, na Itália.
As informações são de Tribuna do Ceará Online

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