Foto: AFP |
Na primeira entrevista à imprensa após a revelação de documentos
mostrando sua ligação com contas secretas no exterior, o presidente da
Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), voltou a dizer nesta segunda (19) que
não renunciará ao cargo, que tudo ficará "exatamente do jeito que está",
e criticou o governo Dilma Rousseff, que acusou de protagonizar "o
maior escândalo de corrupção do mundo".
Cunha, hoje um dos políticos contra os quais pesa o maior número de
indícios de envolvimento no esquema criminoso investigado pela Operação
Lava Jato, rebateu declaração da presidente feita durante viagem ao
exterior, quando a petista disse lamentar que as suspeitas de desvio de
recursos públicos para contas secretas fora do país envolvam um
brasileiro.
Em resposta, o peemedebista afirmou lamentar "que seja com um governo brasileiro o maior escândalo de corrupção do mundo."
"Eu fui eleito pela Casa, aqui só cabe uma maneira de eu sair, é renunciar, e eu não vou renunciar. Aqueles que acham que podem contar com minha renúncia, esqueçam, eu não vou renunciar. Não tem plano A, B, C, D ou E, não tem plano nenhum. Qualquer discussão ou especulação que está sendo feita é pura perda de tempo, porque não vai acontecer absolutamente nada, vai continuar exatamente do jeito que está", disse Cunha, cujo apoio político tem decaído recentemente ante as suspeitas contra ele.
A afirmação de Cunha não contempla toda a realidade. Além da renúncia, ele pode deixar o cargo caso tenha o mandato cassado. Processo nesse sentido deve começar a tramitar no Conselho de Ética da Câmara na próxima terça-feira (27).
Na entrevista, o peemedebista voltou a se negar a dizer se tem ou não contas na Suíça ou comentar qualquer detalhe dos documentos que vieram a público nas investigações, entre eles o uso de seu passaporte diplomático para abrir algumas das contas que, até então, ele sempre negou ter.
Questionado seguidas vezes sobre isso, ele se limitou a dizer que seus advogados irão se pronunciar no momento adequado e que ele reitera os termos da nota que soltou na sexta-feira (16). Neste texto ele, em linhas gerais, acusa a Procuradoria-Geral da República de perseguição política e de promover vazamentos de informações seletivas contra ele.
Em resposta, o peemedebista afirmou lamentar "que seja com um governo brasileiro o maior escândalo de corrupção do mundo."
"Eu fui eleito pela Casa, aqui só cabe uma maneira de eu sair, é renunciar, e eu não vou renunciar. Aqueles que acham que podem contar com minha renúncia, esqueçam, eu não vou renunciar. Não tem plano A, B, C, D ou E, não tem plano nenhum. Qualquer discussão ou especulação que está sendo feita é pura perda de tempo, porque não vai acontecer absolutamente nada, vai continuar exatamente do jeito que está", disse Cunha, cujo apoio político tem decaído recentemente ante as suspeitas contra ele.
A afirmação de Cunha não contempla toda a realidade. Além da renúncia, ele pode deixar o cargo caso tenha o mandato cassado. Processo nesse sentido deve começar a tramitar no Conselho de Ética da Câmara na próxima terça-feira (27).
Na entrevista, o peemedebista voltou a se negar a dizer se tem ou não contas na Suíça ou comentar qualquer detalhe dos documentos que vieram a público nas investigações, entre eles o uso de seu passaporte diplomático para abrir algumas das contas que, até então, ele sempre negou ter.
Questionado seguidas vezes sobre isso, ele se limitou a dizer que seus advogados irão se pronunciar no momento adequado e que ele reitera os termos da nota que soltou na sexta-feira (16). Neste texto ele, em linhas gerais, acusa a Procuradoria-Geral da República de perseguição política e de promover vazamentos de informações seletivas contra ele.
IMPEACHMENT
Cunha disse que entregará ainda nesta segunda recurso contra as recentes decisões do Supremo Tribunal Federal que barraram o rito definido por ele para eventual tramitação de pedido de impeachment contra Dilma.
O presidente da Câmara negou ainda que tenha participado de acordo para enterrar a CPI da Petrobras, apesar de seus aliados dominarem a comissão. "Não cabe ao presidente da Câmara fazer o ofício de prorrogação [da CPI]. Se a Casa não quer que a CPI seja prorrogada, é porque acha que ela atingiu seu objetivo. Não participei de nenhum acordo."
Cunha disse que entregará ainda nesta segunda recurso contra as recentes decisões do Supremo Tribunal Federal que barraram o rito definido por ele para eventual tramitação de pedido de impeachment contra Dilma.
O presidente da Câmara negou ainda que tenha participado de acordo para enterrar a CPI da Petrobras, apesar de seus aliados dominarem a comissão. "Não cabe ao presidente da Câmara fazer o ofício de prorrogação [da CPI]. Se a Casa não quer que a CPI seja prorrogada, é porque acha que ela atingiu seu objetivo. Não participei de nenhum acordo."
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