Ao todo, o Ceará tem
114.964 crianças e adolescentes, com idade entre 4 e 17 anos, fora da
escola. O número faz parte do relatório “De Olho nas Metas”, do
movimento “Todos pela Educação”, divulgado pelo Ministério da Educação
(MEC), ontem, 02. Os resultados são referentes aos anos de 2013 e 2014.
Segundo
o relatório, no Nordeste, o Ceará está abaixo da Bahia (243.593),
Pernambuco (148.828). No ranking, logo abaixo do Ceará aparece Maranhão,
com 109.326 crianças e adolescentes fora da escola e o estado de
Alagoas 75.673. No Nordeste, o número total de pessoas fora da escola é
de 887.786.
O
relatório contabilizou, também, que nos anos de 2013 e 2014, o Ceará
tinha o total de 2.156.451 pessoas com idade entre 4 e 17 anos. Destes,
2.002.620 eram estudantes. O levantamento mostra, ainda, que 38.867
jovens que já concluíram o Ensino Médio não frequentam nenhum curso
superior ou curso pré-vestibular.
Para
o coordenador de avaliação institucional da Universidade Federal do
Ceará (UFC) e pesquisador do CNPq, Wagner Andriola, o número de mais de
114 mil crianças e jovens fora da escola é inaceitável. “É um número
alto. Nesta realidade, é preciso ver estratégias inteligentes para
aproximá-los e inserir todos no mundo escolar. Não se pode fechar os
olhos para esta realidade”, disse.
Ele
observa que, dentre os possíveis motivos para o alto índice de pessoas
fora da escola, está a questão pedagógica e estrutural. “É preciso
pensar um currículo interessante para os alunos, que gere interesse e
motivação. Outro ponto é o espaço escolar disponível para os estudantes
hoje, que deixa muito a desejar. Atualmente, é inviável trabalhar a
formação de crianças em tempo integral devido à falta de estrutura. As
escolas não tem dimensão física e organizacional e isso afugenta os
estudantes”.
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