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| O deputado Bruno Araújo (PSDB-PE) é o autor da matéria (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara do Deputados) |
Tramita na Câmara dos Deputados projeto de lei complementar (PLP 69/15)
que estende de 70 para 75 anos a idade para aposentadoria compulsória de
todos os servidores públicos, nas esferas federal, estadual e
municipal. A aposentadoria compulsória dos ministros do STF, dos tribunais superiores e do TCU já ocorre aos 75 anos desde a promulgação da Emenda Constitucional 88,
em maio deste ano.
Na proposta que originou a emenda, apresentada em
2003 pelo então senador Pedro Simon, havia indicativo de ampliação da
norma para todos os servidores públicos, por meio de lei complementar.
De acordo com o autor do PLP 69/15, deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), a
matéria acompanha a mudança de expectativa de vida dos brasileiros, que
passou de 39 anos, nos anos 1940 (quando foi criado o teto para
aposentadoria), para 74,9 em 2013.
Segundo o parlamentar, a medida também traz benefícios para a
economia, ao poupar gastos na Previdência Social, e para o mercado de
trabalho, que passa a aproveitar melhor uma mão de obra qualificada.
"Os alunos nas universidades ganham ao ter mais contato com
professores que hoje, na sua plena capacidade intelectual, são forçados a
deixar a academia aos 70 anos. Sem contar o caso de médicos que
resolvem, por vocação, resolvem continuar no serviço público, mas são
obrigados a sair ao atingir essa idade”, exemplificou Araújo.
Contraponto
Já o deputado Henrique Fontana (PT-RS) avalia que o balanço é
primário. Para ele, a medida pode ter outros lados, como o de represar
recém-formados que estão ingressando na carreira pública.
"Para fazermos a chamada economia previdenciária, deixaríamos durante
cinco anos o País congelado. Ou seja, aqueles que estão saindo das
universidades, que hoje estão estudando ou começando a construir a suas
carreiras não teriam espaço para entrar no serviço público", argumenta
Fontana.
Pelo texto em análise, o servidor público que chegar aos 70 anos
poderá escolher se quer se aposentar ou se quer continuar em atividade
por mais cinco anos. A retribuição previdenciária é proporcional ao
tempo de contribuição.
Tramitação
A proposta, que tramita em caráter conclusivo, será analisada pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
A proposta, que tramita em caráter conclusivo, será analisada pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
As informações são da Agência Câmara

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