A câmara de vereadores de Canindé,
a 120 km de Fortaleza, decidiu afastar por 90 dias o prefeito
do município, Francisco Celso Crisóstomo Secundino (PT), após denúncias
de improbidade administrativa e desvio de recursos da iluminação
pública. A decisão ocorreu em votação na manhã desta sexta-feira (5).
Foram 11 votos contra quatro favoráveis ao afastamento do gestor. Com o isso, assume o vice-prefeito, Paulo Justa (PPL).
Na terça-feira (2), O juiz da 2ª Vara da Comarca de Canindé, Antonio
Josimar Almeida Alves, determinou a perda da função pública, suspensão
dos direitos políticos, proibição de contratar Poder Público,
ressarcimento de R$ 3,4 milhões e a indisponibilidade dos bens do
prefeito e outros gestores do município pela prática de atos de
improbidade administrativa pelo desvio de receitas referentes a
Contribuição de Iluminação Pública (CIP).
A decisão judicial atendeu a pedido do Ministério Público do Estado do Ceará,
que instaurou uma Ação Civil Pública (ACP) após constatar que o
município de Canindé, nos anos de 2013 e 2014, utilizou, sem autorização
legal, os valores depositados na conta vinculada da CIP para o
pagamento do consumo de energia elétrica de prédios públicos, para
repasse a um consórcio de saúde e para quitar parcelamento de dívidas do
município, causando prejuízo ao erário e ao sistema de iluminação
pública de Canindé.
Prefeito afastado nega acusações
O prefeito Celso Crisóstomo disse ao G1 que já foi notificado pela Justiça e pela Câmara de Vereadores de Canindé e nega todas as acusações. O gestor afastado afirmou que vai entrar com recurso para reassumir o cargo e provar que não tem relação com as irregularidades apontadas pelos órgãos.
O prefeito Celso Crisóstomo disse ao G1 que já foi notificado pela Justiça e pela Câmara de Vereadores de Canindé e nega todas as acusações. O gestor afastado afirmou que vai entrar com recurso para reassumir o cargo e provar que não tem relação com as irregularidades apontadas pelos órgãos.
"Não desviei verbas e paguei somente o consumo de iluminação dos
prédios públicos com o dinheiro do DIP. Recebi hoje a notificação da
Justiça e agora tenho espaço para entrar com embargas. Mesmo assim, a
Câmara decidiu fazer a votação, até porque há vereadores sob suspeita de
receber dinheiro para votar pelo meu afastamento", acusou.
As informações são do portal G1/CE

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