A convocação de Cid Gomes ocorre em um momento crítico no relacionamento do Planalto com seus aliados no Congresso (Foto: Reprodução/Internet) |
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (4) a convocação do ministro da Educação, Cid Gomes,
para explicar declaração de que a Casa possui de 300 a 400 membros que
achacam. O requerimento foi aprovado com 280 votos favoráveis, 102
contrários e 4 abstenções.
A declaração foi feita a uma plateia de estudantes da Universidade
Federal do Pará na última sexta-feira (27). A pretexto de defender a
gestão de Dilma Rousseff, o ministro atacou o Legislativo.
“Tem lá uns 400 deputados, 300 deputados que, quanto pior, melhor para
eles. Eles querem é que o governo esteja frágil, porque é a forma de
eles achacarem mais, tomarem mais, tirarem mais dele, aprovarem as
emendas impositivas”, declarou Cid.
A fala de Gomes causou forte indignação entre os líderes da oposição na Câmara, que se mobilizaram atrás de assinaturas para o requerimento de convocação.
Pouco antes da votação, Cunha chamou Cid de “mal educado” e cobrou a
presença dele. “Ele vai ter que vir aqui explicar quem são os
achacadores do Congresso. Um governo que tem como lema pátria educadora
não pode ter um ministro da Educação mal educado. Então, nós precisamos
colocar isso efetivamente à prova”, afirmou.
A convocação de Cid ocorre em um momento crítico no relacionamento do Planalto com seus aliados no Congresso.
O líder do DEM, Mendonça Filho (PE), defendeu a convocação do ministro para “apontar quem são os achacadores”. “Achacar é crime. Se o ministro tem conhecimento de que algum parlamentar que o achacou e cometeu crime, ele tem obrigação de representar o parlamentar junto à Procuradoria Geral da República. Do contrário, ele está prevaricando”, disse.
O líder do DEM, Mendonça Filho (PE), defendeu a convocação do ministro para “apontar quem são os achacadores”. “Achacar é crime. Se o ministro tem conhecimento de que algum parlamentar que o achacou e cometeu crime, ele tem obrigação de representar o parlamentar junto à Procuradoria Geral da República. Do contrário, ele está prevaricando”, disse.
Da tribuna, o líder do governo, José Guimarães (PT-CE), reconheceu que a
declaração do ministro foi “infeliz”, mas disse não ver motivo “para um
processo de radicalização”. Ele ressaltou que “a posição do governo não
é a do ministro” e defendeu que o melhor seria acertar a ida dele para
esclarecer a questão. “Essa declaração recai sobre todos nós e não
considero que seja justa com a Casa”, afirmou.
As informações são do portal G1.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário