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quarta-feira, 4 de março de 2015

Câmara convoca ministro da Educação para explicar declaração

A convocação de Cid Gomes ocorre em um momento crítico
no relacionamento do Planalto com seus aliados no
Congresso (Foto: Reprodução/Internet)
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (4) a convocação do ministro da Educação, Cid Gomes, para explicar declaração de que a Casa possui de 300 a 400 membros que achacam. O requerimento foi aprovado com 280 votos favoráveis, 102 contrários e 4 abstenções.
A declaração foi feita a uma plateia de estudantes da Universidade Federal do Pará na última sexta-feira (27). A pretexto de defender a gestão de Dilma Rousseff, o ministro atacou o Legislativo.
“Tem lá uns 400 deputados, 300 deputados que, quanto pior, melhor para eles. Eles querem é que o governo esteja frágil, porque é a forma de eles achacarem mais, tomarem mais, tirarem mais dele, aprovarem as emendas impositivas”, declarou Cid.
A fala de Gomes causou forte indignação entre os líderes da oposição na Câmara, que se mobilizaram atrás de assinaturas para o requerimento de convocação.
Pouco antes da votação, Cunha chamou Cid de “mal educado” e cobrou a presença dele. “Ele vai ter que vir aqui explicar quem são os achacadores do Congresso. Um governo que tem como lema pátria educadora não pode ter um ministro da Educação mal educado. Então, nós precisamos colocar isso efetivamente à prova”, afirmou.
A convocação de Cid ocorre em um momento crítico no relacionamento do Planalto com seus aliados no Congresso.
O líder do DEM, Mendonça Filho (PE), defendeu a convocação do ministro para “apontar quem são os achacadores”. “Achacar é crime. Se o ministro tem conhecimento de que algum parlamentar que o achacou e cometeu crime, ele tem obrigação de representar o parlamentar junto à Procuradoria Geral da República. Do contrário, ele está prevaricando”, disse.
Da tribuna, o líder do governo, José Guimarães (PT-CE), reconheceu que a declaração do ministro foi “infeliz”, mas disse não ver motivo “para um processo de radicalização”. Ele ressaltou que “a posição do governo não é a do ministro” e defendeu que o melhor seria acertar a ida dele para esclarecer a questão. “Essa declaração recai sobre todos nós e não considero que seja justa com a Casa”, afirmou.


As informações são do portal G1.com

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