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sábado, 8 de novembro de 2014

PSDB poderá apresentar relatório paralelo na CPMI da Petrobras

O PSDB poderá apresentar um relatório paralelo ao final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras, em dezembro. A informação foi dada pelo deputado Izalci (PSDB-DF), que é vice-líder do partido.
“Já sabemos que houve cartel, superfaturamentos, vários aditivos maiores do que os contratos originais, notas emitidas por empresas fantasmas e desvios", disse Izalci. Ele afirmou que ainda falta saber, no entanto, para onde foi o dinheiro e quais autoridades foram beneficiadas.
A CPMI quer identificar os beneficiários do dinheiro desviado da Petrobras por meio do acesso à delação premiada do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef. Esse acesso dependerá da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, que aguarda manifestação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Na tentativa de identificar os beneficiários mesmo sem o acesso à delação premiada, o deputado Izalci apresentou requerimento, neste mês, para convocar o presidente do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Fazenda. O deputado argumenta que houve vários saques na boca do caixa que poderiam ser identificados, caso a regra do Coaf de registro de saques acima de R$ 10 mil esteja sendo cumprida.
Nova CPMI
A CPMI da Petrobras já dispõe de assinaturas (de 27 senadores e 171 deputados) para prorrogar seus trabalhos de 23 deste mês até 22 de dezembro. Além disso, os líderes do PSDB, do DEM, do PPS e do Solidariedade (SD) anunciaram a coleta de assinaturas para a criação de uma nova CPMI da Petrobras, logo no início da próxima legislatura, em 2015.

Esses partidos divulgaram nota para esclarecer que não fizeram acordo para proteger políticos na CPMI. Em nota oficial, o PSDB afirma defender "a responsabilização de todos que cometeram eventuais crimes, independentemente da filiação partidária".
O relator da CPMI, deputado Marco Maia (PT-RS), anunciou nesta semana um acordo dos parlamentares para focar o período restante de trabalho nas irregularidades da Petrobras relacionadas ao esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas investigado na Operação Lava-Jato, da Polícia Federal. Diante do acordo, os depoimentos de políticos, tesoureiros e dirigentes partidários que possam estar citados nas delações premiadas de Costa e Youssef foram descartados.
"Foi um acordo político feito por todos os presentes, de todos os partidos. Resolveu-se, em função da falta de densidade das denúncias que foram feitas, não produzir nenhum tipo de convocação de oitiva [de políticos] neste momento", disse Marco Maia.

Com informações da Agência Câmara de Notícias

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