O número de acidentes com mortes decorrentes de atropelamentos nas
rodovias federais do Ceará aumentou 36,7% em 2014, em relação ao ano
passado. De acordo com dados divulgados pela Polícia Rodoviária Federal
(PRF), neste ano, aconteceram 121 acidentes do tipo nas extensões das
BRs que atravessam o Estado, enquanto em 2013 foram 110 atropelamentos.
Já o número de mortos aumentou de 30 para 41 vítimas.
A maior concentração dos acidentes com mortos em consequência de
atropelamentos aconteceu nos trechos urbanos da BR-116, entre os Km 0 e
30, e na BR-222, entre os Km 0 e 20. O horário de maior recorrência foi
entre as 18h e as 22h, nos quais a visibilidade dos condutores e
pedestres diminui devido às luzes artificiais.
"Percebemos que o que tem provocado esses acidentes é a falta de hábito
e de cultura das pessoas de utilizar efetivamente as passarelas e as
passagens semaforizadas. Várias comunidades lutaram pela inserção desses
aparelhos, fizeram reuniões com o Departamento Nacional de
Infraestrutura de Trânsito (Dnit), mas vemos que os acidentes vêm
acontecendo próximo a essas passarelas, ou seja, falta conscientizar as
pessoas para que não atravessem as rodovias da maneira indevida", aponta
a assessoria de imprensa da PRF.
De acordo com o levantamento realizado pela PRF, mais de 30% das
vítimas tinham mais de 60 anos de idade. Até agosto deste ano, 11 idosos
nessa faixa etária estiveram entre as vítimas. Nos últimos três anos,
no entanto, esse índice já chega a 32 pessoas mortas.
"É uma travessia difícil, porque são pessoas que geralmente já possuem
limitações físicas, e a rodovia possui dez faixas. Além disso, o horário
em que os acidentes normalmente acontecem são aqueles de baixa
visibilidade e não dão a sensação de distância e velocidade correta dos
veículos", diz a PRF.
Motocicletas
Um outro fator apontado foi o número de acidentes com motocicletas, que
aparecem como o segundo tipo de veículo que mais mata pedestres, atrás
apenas dos automóveis. De janeiro a agosto de 2014, foram dez mortes por
atropelamentos envolvendo motos, ante quatro registradas no mesmo
período de 2013, o que representa um aumento de 150%. Já os automóveis
estiveram envolvidos em 13 atropelamentos em 2014, índice maior do que
os 11 casos registrados em 2013.
"As motocicletas são um veículo rápido e de fácil mobilidade, que
acessa os espaços entre os carros com uma velocidade alta, por isso o
pedestre não visualiza. Se um motociclista anda com o farol desligado,
por exemplo, a visibilidade fica bem inferior", alerta o órgão. Para
atenuar o problema, a Polícia Rodoviária Federal pede aos condutores que
haja atenção redobrada nos trechos urbanos de rodovias. Deve-se ainda
observar os limites de velocidade regulamentado para tais trechos, que é
de 60Km/h, não apenas nos locais onde estão instalados os
fotossensores, mas ao longo de toda a extensão da via.
Segurança
Além disso, recomenda-se também aos pedestres a correta utilização das
passarelas, mesmo que haja necessidade de um deslocamento maior para
acessá-las, já que o equipamento garante a segurança. Os transeuntes
devem buscar as áreas com semáforos para pedestres.
A PRF informa ainda que realiza ações de educação para o trânsito, como
palestras em comunidades e exibições de vídeos educativos, buscando
esclarecer a população sobre a importância das ações pessoais para um
trânsito mais seguro.
"Queremos promover ações de conscientização coletiva e trazer esse
problema à sociedade, para que possamos contribuir, de maneira conjunta,
para diminuir os números de acidentes. Vamos ainda aumentar a
fiscalização dos veículos, principalmente nos horários e locais de maior
incidência de acidentes", afirma a PRF.
Mais informações
Comissão Regional de Educação para o Trânsito da Polícia Rodoviária Federal
(85) 3474.6710
Comissão Regional de Educação para o Trânsito da Polícia Rodoviária Federal
(85) 3474.6710
Com informações do Diário do Nordeste
Nenhum comentário:
Postar um comentário