Não é uma epidemia e a única medida preventiva - a vacinação - está
disponível em todos os postos de saúde de Fortaleza. O Ceará,
entretanto, registrou 92% dos 401 casos de sarampo ocorridos no Brasil
este ano. Foram 370 confirmações, sendo 142 na Capital e o restante em
outras 20 cidades.
Em alguns municípios cearenses, a incidência da
doença chegou a mais de 300 por 100 mil habitantes. Não houve óbitos em
decorrência de complicações da doença.
De acordo com boletim
epidemiológico da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), foram 24 casos em
Pernambuco e sete em São Paulo, de janeiro a setembro.
No
Estado, a cidade de Massapê (a 272 km de Fortaleza) registrou 92
confirmações da doença, com incidência de 246,6; enquanto Uruburetama (a
127 km da Capital) apresentou 61 ocorrências e proporção de 300,7 para
cada 100 mil habitantes. As estatísticas do sarampo informam ainda que
98 notificações de suspeita estão sendo investigadas em 11 municípios
cearenses.
O primeiro caso de Fortaleza foi em um médico que
atuava na área que compreende a Secretaria Regional II. “Todas as vezes
que uma campanha de vacinação não atinge 95% ou 100% da população,
criam-se esses bolsões de pessoas suscetíveis”, pondera a gerente de
Imunização da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Vanessa Soldateli.
Ela relembra a campanha de 2008 contra rubéola (que também é eficaz para
sarampo), quando a meta de imunização masculina foi de 85%.
Conforme
o boletim, as faixas etárias mais acometidas pelo sarampo foram
crianças entre seis meses e um ano (63 casos), adultos entre 20 e 29
anos (75) e jovens com idade de 15 a 19 anos (54). Vanessa explica que,
só na Capital, os bebês representaram 44% dos casos. “Crianças menores
de um ano não são vacinadas na rotina por causa do esquema vacinal do
primeiro ano de vida. Mas, em uma situação de surto, você ignora isso
porque o benefício é maior do que qualquer outra perda”, comenta.
Interior
O
coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Sesa, Márcio Garcia,
afirma que a intensificação dos trabalhos de prevenção no Interior
começaram ainda no primeiro semestre.
“Nós conseguimos
conter o surto em Uruburetama e o último caso lá foi em junho. Na região
de Sobral, onde fica Massapê, a situação começa a melhorar, mas não
podemos descuidar porque tem municípios vizinhos, de outras regionais do
Estado, que começam a apresentar casos suspeitos”, cita Márcio.
Os
coordenadores municipal e estadual destacaram o alto poder de
transmissão do sarampo, lembrando a importação de casos, já que países
europeus viveram surtos recentes, e a ocorrência de surtos em outros
estados nos últimos anos.
Com informações do O Povo Online
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