Nesta semana, categoria realizou paralisações de uma hora com apresentação teatral (Foto: Evilázio Bezerra) |
O bancários do Ceará, reunidos ontem à noite (24), em assembleia,
deliberaram pela greve da categoria, por tempo indeterminado, a partir
da zero hora da próxima terça-feira (30). Os trabalhadores seguiram
orientação do Comando Nacional dos Bancários.
A entidade considera insuficientes as propostas de caráter econômico apresentadas pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), após sete rodadas de negociação. Hoje, a maioria dos sindicatos do País se reúne e também deve decidir pela paralisação.
A entidade considera insuficientes as propostas de caráter econômico apresentadas pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), após sete rodadas de negociação. Hoje, a maioria dos sindicatos do País se reúne e também deve decidir pela paralisação.
O
presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará, Carlos Eduardo Bezerra,
informa que nos últimos 10 anos, os bancários têm feito greve todo ano
“como último recurso para garantir direitos diante da intransigência dos
bancos em dialogar”. No ano passado, a paralisação no Estado durou 27
dias. Adianta que os sindicatos farão assembleias também na próxima
segunda-feira para organizar o movimento.
A Fenaban, braço
sindical do sistema financeiro que atua com estrutura paralela à
Federação Brasileira de Bancos (Febraban), ainda acredita num acordo. “A
Fenaban confia no diálogo, que tem sido presente nas negociações, para
alcançar os entendimentos necessários ao fechamento do acordo e
renovação da convenção coletiva de trabalho entre bancos e bancários”,
diz nota da entidade.
Proposta dos bancos
Destaca
também que entregou às lideranças sindicais proposta de reajuste de
7,5% para o piso da categoria, e de 7% para os demais salários. Com
isso, o piso de um caixa, por exemplo, chega a R$ 2.393,33 para jornada
de 6 horas. A Participação nos Lucros e Resultados (PLR) também teve
seus valores corrigidos em 7%. “A proposta dos bancos está na mesa de
negociações para ser debatida com o movimento sindical”.
A
categoria que, desde 2004 tem se utilizado do instrumento da greve para
ver atendidas suas principais reivindicações, está pedindo reajuste
salarial de 12,5% e piso de R$ 2.979,25. Na sétima rodada de negociações
da Campanha 2014, no último dia 19, o Comando Nacional dos Bancários
rejeitou a proposta dos bancos e aprovou um calendário de mobilização
orientando para a deflagração de greve por tempo indeterminado a partir
de 30 de setembro.
O presidente da Confederação Nacional dos
Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenador do Comando
Nacional, Carlos Cordeiro, ressalta que “os índices de reajuste são
muito insuficientes diante do lucro do sistema financeiro. Queremos
mais. Além disso, a Fenaban não apresentou propostas para proteger o
emprego, combater o assédio moral e melhorar a segurança, que hoje são
fundamentais para os bancários”.
Com informações do O Povo Online
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