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terça-feira, 19 de agosto de 2014

Mais de 500 mil pessoas morreram no trânsito de 2003 a 2012

Um levantamento com base, principalmente, nos pagamentos do Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (Dpvat), indica mais de 536 mil mortos no Brasil em dez anos. A pesquisa foi realizada pelo Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ), no período de 2003 a 2012.
De acordo com o levantamento, em 2003 ocorreram 34,7 mil registros de mortes no trânsito, e 2007 o crescimento foi de quase 100% – 66,8 mil mortes. Apesar de o número de vítimas cair em 2008 para 50,7 mil, os casos voltaram a aumentar nos seguintes, encerrando 2012 com 60,7 mil mortes. Na conclusão, a pesquisa menciona que em 2013 houve novo recuo, para 54 mil.
O banco de dados do Dpvat mostra ainda um número de quase 2 milhões de feridos nos acidentes, com o pico de 447 mil em 2012. A pesquisa usa a proporção de acidentes/mortos e acidentes/feridos, do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), para estimar que, no período, foram registrados 13 milhões de acidentes, sendo 8,1 milhões sem vítimas.
Prejuízos
O levantamento também apresentou uma estimativa dos prejuízos causados, uma vez que essas mortes determinam perda da força de trabalho, cuidados médicos, manutenção das estradas e outros ônus, mas esbarra na falta de dados sobre as circunstâncias dos acidentes. De acordo com o estudo, em áreas urbanas o custo soma R$ 236 bilhões e no cenário de rodovias, o valor chega a R$ 772 bilhões. Cada morte em área urbana custa R$ 232,9 mil e em Rodovias somam R$ 576,2 mil. Assim a média ficaria acima dos R$ 500 milhões.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) também foram usados na pesquisa para comparar as mortes registradas no Brasil com as em outros países. Enquanto aqui há 19,9 mortos no trânsito para cada 100 mil habitantes, os Estados Unidos registram estimativas bem menores, de 12,3. Na Finlândia a taxa é de 6,5, a China de 5,1 e o Reino Unido de 2,86.

Da Agência CNM, com informações da Agência Brasil

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