O PT do Ceará vive um momento de profunda divisão interna que se
reflete na exposição de opiniões divergentes que podem ser definidoras
dos rumos do partido para 2014.Diante da corrida pela presidência da
sigla no Ceará se estabelecem duas posições:uma aposta no rompimento da
aliança com o PSB de Cid Gomes e em candidatura própria ao governo
estadual em 2014.Do outro lado,defende-se a aliança do partido com a
base atual para estabelecer um palanque forte para a campanha de Dilma
Rousseff à reeleição.
As falas de apoio a um possível
rompimento com o PSB no Ceará levantavam os ânimos dos militantes
presentes no lançamento da candidatura de Guilherme Sampaio,na sexta-feira(24),na
Assembleia Legislativa.O vereador conta com o apoio na atual presidente
do partido,a ex-prefeita Luizianne Lins,no Processo de Eleição
Direita (PED) 2013.
Após fazer críticas às últimas polêmicas da gestão de Cid,o deputado Eudes Xavier,apoiador de Guilherme,ressaltou: “Não é esse governo que o partido deve apoiar”.O atual presidente do PT Fortaleza,Raimundo Ângelo,foi uma das lideranças a defender que o partido lance candidato ao Governo do Estado em 2014.Duas outras correntes para a presidência do partido,uma liderada pelo ex-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Ceará,Francisco de Assis Diniz;e outra pelo sindicalista José Maria Castro convergem os esforços para garantir a reeleição de Dilma à presidência da República.
“Falsa polêmica”
O atual
vice-presidente estadual do PT,Joaquim Cartaxo,apoiador de Assis
Diniz,destacou que o período não é de discutir tática eleitoral.Porém
reforçou que a última decisão do PT foi de priorizar a estruturação de
um palanque forte para receber Dilma em 2014 e isso,segundo ele,passa
pela manutenção da aliança com PSB,PMDB e PCdoB.Cartaxo criticou a
postura de Guilherme Sampaio em dar coro a um suposto rompimento entre
partidos.“Ele (Guilherme) não tem veia partidária e está tentando criar
uma falsa polêmica.O partido (PT) não está debatendo isso”,disse o
vice-presidente.“A próxima direção pode alterar essa decisão,mas isso
só vai depender do próximo congresso do partido,em 2014.Por enquanto,é
mera especulação”,ressaltou.
Defensor da candidatura de
José Maria Castro,o deputado federal Artur Bruno reforçou a proposta
da corrente, com base no foco na estruturação nacional.“Podemos ter
posição de candidato a senador ou a governador desde que o candidato
faça a campanha da reeleição de Dilma”,pontuou o deputado.
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O Povo Online
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