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| Tereza Campelo é a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome(Foto:Agencia Brasil) |
Mais de 70% dos beneficiários adultos do Programa Bolsa Família
trabalham,mas,mesmo assim,continuam dependentes do benefício por não
obterem, somente com seus esforços,o dinheiro necessário para sustentar
a família.O dado foi fornecido hoje (21) pela ministra do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome,Tereza Campello.O programa
federal de transferência de renda completa este ano dez anos de
funcionamento.
De acordo com a ministra,é errado pensar que as pessoas
beneficiadas pelo Bolsa Família são pobres porque não trabalham.“Muitos
inclusive trabalham no campo e até mesmo têm sua terrinha,mas não
conseguem tirar dela o sustento da família. Mesmo nas cidades,há muita
gente que não teve condições de estudar e de participar de um curso de
qualificação profissional”,disse a ministra,ao participar,esta manhã,do programa Bom Dia, Ministro,produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República em parceria com a EBC Serviços.
Ao comentar os transtornos causados pela onda de boatos de que o
governo federal iria extinguir o Bolsa Família,a ministra foi enfática.Segundo ela,o governo nunca havia tido problemas com a execução do
programa, que beneficia 13,8 milhões de famílias e que, este ano,quando
completa dez anos de existência,conta com um orçamento de R$ 24
bilhões.
“Esse é um dinheiro que circula e fortalece a economia de cada uma
das unidades da Federação,dinamizando o comércio e a indústria.Se o
programa beneficia as famílias carentes diretamente,também ajuda a
aquecer toda a economia”,comentou a ministra,rebatendo críticas ao
programa,classificado por muitos como “assistencialista” e
“eleitoreiro”.
Tereza Campello argumentou que o Programa Brasil sem Miséria,do
qual o Bolsa Família faz parte,prevê uma série de investimentos
públicos na qualificação profissional dos beneficiados por programas
sociais,“exatamente para que não seja apenas a transferência de renda,o
apoio que damos para que a população saia da extrema pobreza”.
De acordo com a ministra,a ampliação do Bolsa Família garantiu que
22 milhões de brasileiros deixassem a situação de extrema pobreza.“Agora,temos um grande desafio,que é levar qualificação profissional e
oportunidades para essas famílias que querem melhorar sua situação”,disse a ministra.
Segundo ela,mais de 450 mil trabalhadores de todo o país já se
matricularam ou estão frequentando os cursos de qualificação oferecidos
por entidades como o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
(Senai),o Serviço Nacional do Comércio (Senac), o Serviço Nacional de
Aprendizagem Rural (Senar) e os institutos federais de ensino por meio
do Programa Nacional de Aceso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).“Estão sendo oferecidos cursos de excelência e o público tem atendido ao
nosso chamado e participado”.
Ainda respondendo às críticas ao programa,a ministra disse que os
dados de acompanhamento do programa indicam que o dinheiro é bem gasto
pelas famílias.“Em 93% dos casos,o recurso é pago às mulheres,mães de
famílias.E nossos indicadores apontam que ele é gasto em comida,remédios,material escolar,roupas e calçados.Não temos nenhum tipo de
indício de que o recurso seja desviado”,comentou.
Tereza Campello disse que o Bolsa Família superou as críticas feitas
no início de operação e atualmente é um programa reconhecido em todo o
mundo como referência de política pública bem-sucedida. “Hoje,a maior
parte da população reconhece os avanços,não só quanto à melhoria da
renda,mas também por levar as crianças às salas de aula”,explicou.
De acordo com a ministra,o balanço do Bolsa Família é favorável com
relação à educação.“Nestes dez anos de existência do programa,as
crianças beneficiadas tiveram uma redução muito grande no percentual de
evasão das escolas.E não só estão abandonando menos a escola,como
conseguiram chegar a um desempenho igual às demais [da rede pública],repetindo menos de ano.Isso é uma prova de que o programa está no
caminho certo”,garantiu.
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Agencia Brasil

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