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domingo, 20 de janeiro de 2013

Sob Dilma,infraestrutura perde e educação expande

Em seu governo,Dilma tem investido mais em Educação e Assistência Social
Em contraste com sua imagem pública de gestora de obras,a presidente Dilma Rousseff deixou a infraestrutura minguar em sua primeira metade de mandato.
Uma análise do desempenho dos principais programas do governo mostra que as reais prioridades da atual administração são outras:educação e assistência social.
Criticada por baixos números de investimentos e de crescimento econômico,Dilma promoveu uma expansão 25% acima da inflação nas despesas com ensino básico,profissionalizante e superior.
Quase no mesmo ritmo subiram as transferências assistenciais de renda,puxadas pela maior ampliação do Bolsa Família desde o final do primeiro governo Lula (com alta dos benefícios e do limite de crianças por família).
Ainda não oficiais,os dados da execução do Orçamento pesquisados pela Folha apontam que os gastos federais atingiram recorde histórico em 2012 --podem superar pela primeira vez 18% do PIB (Produto Interno Bruto).
O aumento dos desembolsos,porém,não é generalizado:há setores que encolheram,por opção política ou por problemas gerenciais.
Os investimentos totais em transportes,urbanismo e saneamento,que cresciam ano a ano,passaram a cair --no primeiro caso,22% ante 2010.
As pastas responsáveis,Transportes e Cidades,sofreram acusações de irregularidades e troca de titulares no primeiro ano de Dilma. 
Outras despesas aumentaram,mas por imposições da legislação ou compromissos atrasados da gestão anterior.
É o caso do programa Minha Casa,Minha Vida,de 2009,cujos subsídios começaram a ser pagos em maior volume no ano passado.
Já o impulso à educação,que vinha desde Lula,é de outra natureza. Um sinal evidente é que,com Dilma,o MEC elevou seu quadro de pessoal em 21 mil professores e outros servidores -- totalizando 236 mil.No restante da Esplanada,o contingente caiu de 353 mil para 341 mil.
OUTRO LADO
O governo diz que os investimentos totais tiveram alta de 40%,em valores nominais,em relação a 2010.
Na conta estão,além da infraestrutura,obras e compras de equipamentos para saúde,educação e outras finalidades,além dos subsídios do Minha Casa, Minha Vida.
"E esse aumento aconteceu mesmo na comparação com um ano de forte crescimento econômico",afirma a chefe da assessoria econômica do Ministério do Planejamento,Esther Dweck.
Para ela,esse valor global espelha mais fielmente a prioridade à expansão da capacidade produtiva do que os gastos em transportes e urbanismo,mais diretamente associados à infraestrutura.
Ela cita ainda novas linhas de crédito em bancos públicos,subsídios e desonerações tributárias ao setor privado.
Dweck diz que a forma mais correta de identificar as prioridades do governo é a análise de programas temáticos (e não setores inteiros).
Sobre queda nos gastos em transportes,ela cita que o ritmo de desembolsos acelerou no segundo semestre de 2012. 


Reproduzida da Folha de São Paulo

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