Reunião emergencial está marcada para amanhã
entre a presidente Dilma Rousseff,o Ministério de Minas e Energia e
demais órgãos do setor elétrico. O temor é de que a falta de chuva cause
racionamento (Foto:Evaristo Sá/AFP)
Tachada como “ridícula” pela presidente Dilma Rousseff há apenas duas
semanas,a hipótese de racionamento de energia elétrica entrou no radar
do governo.“A questão é que agora passamos a considerar algo que antes
não fazia sentido pensar”,disse uma fonte da área técnica.“O nível
dos reservatórios está baixando,então não podemos fechar os olhos para
essa possibilidade.”
O assunto será discutido amanhã (9) na reunião do Conselho de
Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE).No encontro também será analisada
a situação energética do país.Presidida pelo ministro de Minas e
Energia,Edison Lobão,a reunião contará com representantes do próprio
ONS,da Agência Nacional do Petróleo,Gás natural e Biocombustíveis
(ANP),da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel);da Empresa de
Pesquisa Energética (EPE),da Câmara de Compensação de Energia Elétrica
(CCEE),da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Centro de Pesquisa de
Energia Elétrica (Cepel).
Conforme o consultor
de energia da Federação das Indústrias do Ceará (Fiece),Jurandir
Picanço,a situação é semelhante ao “apagão” de 2011.“Naquele ano,não
houve chuva.Se,até abril,não chover,vamos ter racionamento.”Picanço
adverte que,mesmo com reserva hídrica 20% maior,o risco não muda.“O
consumo aumentou 38%.As termelétricas não serão o suficiente.Já estão
todas operando”,argumenta.
Os níveis baixos não significam
que haverá racionamento,mas sim que o governo terá de tomar
providências.“Há outras medidas para serem adotadas pelo lado da
demanda,e também o despacho de térmicas mais caras,uso de gás”,citou o
presidente da Associação Brasileira de Empresas Geradoras de Energia
Elétrica (Abrage),Flávio Neiva.“O acionamento das térmicas já está
atrapalhando os planos de Dilma de promover um corte médio de 20,2% nas
tarifas de eletricidade”,disse Neiva.A mesma avaliação fez o diretor
executivo da Associação Brasileira das Grandes Empresas de Transmissão
de Energia Elétrica (Abrate),César de Barros Pinto.“Estruturalmente,esse corte é possível,mas conjunturalmente pode não ser”.
Fonte:Agencia Estado
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