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sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

57% do território cearense sofre com processo de degradação do solo

Área em processo de desertificação, sem parte da vegetação. Foto: Funceme
As áreas cearenses que passam por esse processo foram dividas em três núcleos, que somam 13 municípios

Caracterizado por um processo de degradação do solo nas regiões áridas,semiáridas e subúmidas secas,a desertificação é um problema encarado em parte do Ceará.As áreas cearenses que passam por esse processo foram dividas em três núcleos,que somam 13 municípios.Os núcleos são:Irauçuba/Centro Norte;Inhamuns e Jaguaribe.
De acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme),boa parte dos municípios do Ceará passam por processos de degradação muito grave/ grave (88) ou moderado (18).A gerente do Núcleo de Recursos Hídricos e Ambientes da Funceme,Margareth Carvalho,ressaltou que o fenômeno é característico da região Nordeste,abrangendo parte de Minas Gerais e do Espírito Santo.“Nos outros estados há outros processos que assemelham,mas não é o mesmo”,disse.
A grave seca de 2012 ajudou no agravamento da situação,como falou a gente.“A vegetação perdeu completamente as folhas,solo ficou nu,houve erosão eólica (com a falta de chuva ocasiona esse tipo de erosão).E as primeiras chuvas acontecem no solo solto e frágil,que vai carreando,causando erosão”,afirmou.
Causas e consequências
De acordo com Margareth,o Ceará tem um histórico de degradação. “Originalmente tem um solo suscetível,pouco raso,com embasamento cristalino.Com chuva,vento e erosão,naturalmente,aparece a rocha e [o solo] perde a camada fértil”,explicou.Ela também afirmou que as causas humanas da desertificação são:maneira do cultivo agrícola,da pecuária,desmatamento desordenado,queimadas em épocas de preparo do solo,manejo incorreto do sola que acarreta a erosão.
Os impactos gerados refletem “na queda na produtividade agrícola,perda de biodiversidade,perda de solo por erosão,assoreamento do rios e reservatórios,migração da população e agravamento dos problemas sociais”.
Como combater?
Margareth apontou que,desde 1992,a Funceme passou a estudar e combater o problema.Mas ele já acontece há muito tempo.Ela explicou que o atual projeto propõe a recuperação de um área piloto,que é muito degradada e está piorando.“Cercamos a área e vamos implementar algumas ações de manejo do solo”,disse.Tudo isso vai acontecer em conjunto com a população,conscientizando-a.
Segundo a gerente,se nada for feito e o clima continuar de forma extrema (muito seco ou com fortes chuvas),a probabilidade de ter mais áreas com desertificação é grande.
Áreas desertificadas
Núcleo I (Irauçuba/Centro): Miraíma,Itapagé,Irauçuba,Santa Quitéria e Canindé.
Núcleo II (Inhamuns):
Independência,Tauá e Arneiroz.
Núcleo III (Jaguaribe):
Jaguaribe,Jaguaribara,Jaguaretama,Alto Santo e Morada Nova.






Reproduzida do Jangadeiro Online

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