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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Surto de mormo no Ceará atinge criação de equinos

A doença também pode ser transmitida ao homem
A Agência de Defesa Agropecuária do Ceará identificou cinco casos de mormo nos equideos do Estado. Quatro animais já tiveram a doença confirmada e foram sacrificados,conforme preconiza a legislação federal.Um segue fazendo os exames e caso seja confirmado também será sacrificado.As propriedades ficam em Caucaia e Horizonte e todos os equideos do lugar estão isolados e passando por teste de diagnóstico para mormo.Animais da propriedade foco,vizinhas ou outros que tiveram qualquer contato,estão passando por inquérito soroepidemiológico,de acordo com a análise de risco da equipe da Adagri.As amostras de sangue coletadas estão sendo enviadas para o LANAGRO em Recife;um dos laboratórios oficiais do Ministério da Agricultura,Pecuária e Abastecimento (MAPA).O procedimento dura em média 45 dias.
A partir dos resultados,a equipe do Programa de Sanidade Equídea irá determinar quais os procedimentos serão adotados.Se libera a propriedade ou  continua com ações de saneamento.Nas propriedades foco será realizado um segundo exame,mesmo que o primeiro resultado venha negativo,para se for o caso,suspender a interdição das propriedades.
Hoje ou quinta-feira(22) deve ser publicada uma portaria da agência que suspende por um período de 60 dias a realização de eventos equestres (vaquejadas,prova de baliza,tambor e cavalgadas) na Região Metropolitana de Fortaleza.A proibição foi validada pelo Ministério da Agricultura,Pecuária e Abastecimento.A cultura de vaquejada no Ceará e outras aglomerações de animais facilitam a disseminação da doença.Por isso é importante a fiscalização da ADAGRI nesses eventos agropecuários exigindo os documentos  zoosanitários obrigatórios.
 A identificação do mormo só foi possível graças ao empenho da equipe do Programa  Nacional de Sanidade dos Equídeos,que passou a ser responsabilidade da ADAGRI em outubro deste ano.  Entre outras atribuições,a agência,desde então,é uma das responsáveis pela prevenção,controle e erradicação do mormo. “Estamos trabalhando intensamente e precisamos do apoio dos proprietários dos animais para manter a saúde dos equídeos e de toda a população”,afirma Leonardo Burlini Soares,médico veterinário e um dos coordenadores do Programa no Ceará.    
Leonardo,faz referência à dificuldade dos fiscais agropecuários de trabalhar nas vaquejadas, já que nem todos colaboram com a fiscalização:a GTA (guia de trânisto Animal,documento obrigatório e os exames de mormo e anemia infecciosa (AIE).Sem os exames, não há como saber se o animal está sadio.É importante ressaltar também que,o animal doente pode transmitir o mormo para o homem,visto que a doença é uma zoonose muito perigosa.

Infecção ocorre por meio de uma bactéria
O mormo,também conhecido como lamparão,é uma doença infecto-contagiosa que acomete equídeos e tem como agente etiológico a bactéria Burkholderia mallei.É uma zoonose e pode ser contraída pelo homem.
Na década 1960,foi considerada extinta no Brasil.No entanto, estudos sorológicos realizados em 1999 e 2000 detectaram a presença da doença em alguns estados do Nordeste brasileiro.
A infecção por esta bactéria se da através do contato com fluídos corporais dos animais doentes,como: pus,urina,secreção nasal e fezes.Este agente pode penetrar no organismo pela via digestiva, respiratória,genital ou cutânea (através de alguma lesão), alcançando a circulação sanguínea,indo alojar-se em alguns órgãos, em especial, nos pulmões e fígado.Esta bactéria possui um período de incubação de aproximadamente 4 dias.A doença pode apresentar-se na forma aguda ou crônica.
Fonte:Adagri/Ce

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