Quase 90% dos brasileiros que
abandonaram as atividades físicas e os esportes o fizeram antes dos 34
anos. Os dados são da Pesquisa Diagnóstico Nacional do Esporte,
divulgada pelo Ministério do Esporte. Pesquisadores de universidades
federais da Bahia, do Rio Grande do Sul, do Rio de Janeiro, de Goiás, de
Sergipe e do Amazonas participaram do diagnóstico, feito com base em
dados de 2013.
O estudo verificou a
idade em que as pessoas que praticavam atividades físicas ou esportes
deixaram de ter esse hábito e chegou à conclusão de que 45% delas
ficaram sedentárias entre os 16 e os 24 anos de idade. A Região Sudeste é
a mais sedentária do país, com 54,4% da população sem praticar
atividades físicas ou esportes; o Centro-Oeste teve 45,1%, o Sul, 39,3%,
o Nordeste, 38,5%; e o Norte, 37,4%.
A pesquisa também
mostra que o abandono, nessa faixa etária, tem a ver com o ingresso no
mercado de trabalho. Na faixa etária seguinte, de 25 a 34 anos, 18%
abandonam a prática. O início do sedentarismo se dá antes dos 15 anos
para 26,8% dos que já praticaram esporte ou atividade física e pararam.
Esportes
O esporte mais
abandonado pelos brasileiros é também a modalidade preferida da maioria:
o futebol. Segundo a pesquisa, 59,8% dos que praticam esportes no país
jogam futebol, mas 49,8% dos que se tornaram sedentários entraram para
esse grupo justamente por ter "pendurado as chuteiras".
O segundo esporte mais
praticado pelos brasileiros é o voleibol, com 9,7% dos praticantes,
seguido pela natação, com 4,9%, e pelo futsal, com 3,3%.
Falta de tempo
De acordo com a
pesquisa, 58,8% das pessoas que não praticam esportes afirmam que não
têm tempo e dão prioridade para outras coisas, como estudar, trabalhar
ou cuidar da família. Outras 11,8% declaram que têm preguiça,
desinteresse ou desmotivação e 9,5% alegam questões de saúde.
Os motivos para o
sedentarismo mudam de acordo com as regiões do país. No Sudeste, 41,5%
das pessoas sedentárias disseram que têm consciência dos riscos, mas não
se esforçam para mudar. No Sul, 22,4% dão a mesma justificativa,
enquanto 22,8% afirmam que não gostam de esportes ou atividades físicas e
28,9% dizem não ter tempo. No Centro-Oeste, está o maior percentual de
pessoas que afirmam ter consciência dos riscos, mas não praticam por
falta de condições financeiras: 10,2%.
Agência CNM, com informações da Agência Brasil
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