Foto: Reprodução/TV Verdes Mares |
As chuvas que atingem a maior parte do Ceará
neste início de ano, ajudam a estabilizar o nível dos reservatórios mas não afastaram o risco de desabastecimento em
algumas cidades. De acordo com a Companhia de Gestão dos Recursos
Hídricos (Cogerh), dos 184 municípios cearenses, sete correm sério risco
de ter problemas no abastecimento de água em 2016: Pereiro,
Ipaumirim, Pedra Branca, Pacoti, Deputado Irapuam Pinheiro, Uruoca e
Iracema.
Em janeiro, o volume de chuva para o mês foi o dobro da média histórica, segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).
Atualmente, a média geral de volume de água nos 153 reservatórios
monitorados pela Companhia e que abastecem o Ceará, se mantém em 13%. Do
início de 2016 até agora, houve a entrada ou aporte de 296,8 milhões de
m³ nos açudes monitorados, que corresponde à variação positiva de
volume de 167 milhões de m³, considerando a evaporação e os consumos de
água nesses reservatórios, segundo a Cogerh.
"A importância dessas chuvas é garantir que não se tenha perda de
volume d'água, o que já nos ajuda nesse começo de ano", explica o
secretário de Recursos Hídricos, Francisco Teixeira. No período, o
reservatório que mais recebeu água foi o açude Orós, no município de
mesmo nome; o que teve menor aporte foi o açude Faé, em Quixelô.
Castanhão perde água
O açude Castanhão, maior reservatório do Ceará, sofre as consequências da estiagem prolongada. Localizado no município de Jaguaribara, a 260 quilômetros de Fortaleza, o reservatório tem capacidade para armazenar 7,5 bilhões de metros cúbicos de água, mas atualmente acumula apenas 699,87 milhões, que representa apenas 10,45% da sua capacidade de armazenamento, o pior índice desde que foi inaugurado há 12 anos, de acordo com informações da Cogerh.
O açude Castanhão, maior reservatório do Ceará, sofre as consequências da estiagem prolongada. Localizado no município de Jaguaribara, a 260 quilômetros de Fortaleza, o reservatório tem capacidade para armazenar 7,5 bilhões de metros cúbicos de água, mas atualmente acumula apenas 699,87 milhões, que representa apenas 10,45% da sua capacidade de armazenamento, o pior índice desde que foi inaugurado há 12 anos, de acordo com informações da Cogerh.
"No açude Castanhão, o volume de água que chegou ao reservatório devido
às chuvas dos últimos 30 dias foi menor do que o volume que saiu dele,
devido à evaporação e seus usos para a perenização do rio Jaguaribe e o
abastecimento da Região Metropolitana de Fortaleza. No período, o açude
recebeu 15,4 milhões de m³, mas ficou com 38,4 milhões de m³ a menos",
explica Gianni Lima, assessor da presidência da Cogerh. Além de
Fortaleza, outros 25 municípios são abastecidos pelo Castanhão.
Bacias
Das 12 bacias hidrográficas do Estado, seis estão com volume de armazenamento de água inferior a 10%: Baixo Jaguaribe (0,25%), Sertões de Crateús (4,69%), Curu (2,25%), Banabuiú (3,20%) e Acaraú (9,74%) e Médio Jaguaribe (9,79%).Uma têm volume armazenado abaixo de 20%: Serra da Ibiapaba (15,14%), e apenas quatro estão com volume superior a 20%: Litoral (37,41%), Alto Jaguaribe (30,48%), Coreaú (31,66%) e Metropolitana (21,32%).
Das 12 bacias hidrográficas do Estado, seis estão com volume de armazenamento de água inferior a 10%: Baixo Jaguaribe (0,25%), Sertões de Crateús (4,69%), Curu (2,25%), Banabuiú (3,20%) e Acaraú (9,74%) e Médio Jaguaribe (9,79%).Uma têm volume armazenado abaixo de 20%: Serra da Ibiapaba (15,14%), e apenas quatro estão com volume superior a 20%: Litoral (37,41%), Alto Jaguaribe (30,48%), Coreaú (31,66%) e Metropolitana (21,32%).
Previsão de chuvas
Segundo previsão da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), o Ceará tem 65% de chance de ter chuva abaixo da média histórica de fevereiro abril, o chamado período chuvoso. Serão 25% para a categoria em torno da média e apenas 10% na categoria acima da média.
Segundo previsão da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), o Ceará tem 65% de chance de ter chuva abaixo da média histórica de fevereiro abril, o chamado período chuvoso. Serão 25% para a categoria em torno da média e apenas 10% na categoria acima da média.
Precipitações de 203 a 312 milímetros são consideradas em torno da
média; caso chova 312 milímetros ou mais, a categoria é acima da
média.Se confirmado, o Ceará entrará no maior ciclo de seca desde 1910,
de cinco anos. Outro ciclo de cinco anos de seca registrado pela Funceme
ocorreu no período entre 1979 e 1983.
As informações são do G1/CE
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