Com a justificativa de ser necessário o
recadastramento dos pescadores artesanais pelo Ministério da
Agricultura, a ministra da Pasta, Kátia Abreu, suspendeu o período de
defeso por 120 dias para coibir fraudes na concessão do seguro pago aos
pescadores durante o período de reprodução em que a pesca é proibida. A
decisão atinge 517 mil pescadores em todo o País. O prazo pode ser
prorrogado.
A medida foi tomada após Kátia Abreu
assumir o comando da Secretaria da Pesca, que foi incorporada ao
Ministério da Agricultura. Apesar de a justificativa ser de fraude, a
decisão também faz parte do ajuste fiscal anunciado pelo governo para
garantir economia de gastos e reduzir o desequilíbrio fiscal das contas
públicas brasileiras. A equipe econômica pressionava por mudanças no
seguro defeso.
Fontes do governo informaram que os defesos suspensos
têm impacto anualizado de R$ 1,5 bilhão em 2015. O valor corresponde à
metade dos benefícios pagos aos pescadores. No acumulado de 12 meses, o
custo do seguro defeso é de cerca de R$ 2,7 bilhões. Com o benefício, os
pescadores recebem um salário mínimo do governo federal por mês durante
toda a temporada de suspensão da pesca.
Recadastramento
O recadastramento será presencial e solicitado por meio de formulário de requerimento de licença de pescador profissional, mediante a apresentação de originais e cópias de documentos para comprovar que o beneficiário não tem outra atividade a não ser a pesca artesanal.
O recadastramento será presencial e solicitado por meio de formulário de requerimento de licença de pescador profissional, mediante a apresentação de originais e cópias de documentos para comprovar que o beneficiário não tem outra atividade a não ser a pesca artesanal.
O governo respalda a decisão em
auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), analisada pelo plenário
em abril deste ano, que apontou desvio de R$ 19,5 milhões no pagamento
do benefício entre janeiro de 2012 e junho de 2013. A principal
irregularidade é o pagamento de parcelas a pessoas que não se encaixam
nas condições necessárias para receber o benefício. Do total de desvio,
R$ 12,4 milhões foram pagos a beneficiários que possuíam emprego, além
da atividade de pescador - o que descumpre a exigência para o pagamento
do benefício.
Da Agência CNM, com informações da Agência Estado

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