Partidos de oposição desistiram do pedido de impeachment de Dilma Rousseff, informou nesta quinta-feira (21) o jornal Folha de S. Paulo. O primeiro a mudar de ideia foi o PSDB,
após receber parecer sobre a viabilidade jurídica que afirma não haver
elementos suficientes neste momento para o pedido.
Outros partidos
acompanharam os tucanos e decidiram, em reunião no gabinete do senador Aécio Neves
(PSDB-MG), pedir à Procuradoria-Geral da República abertura de
investigação contra a presidente por manobras fiscais com uso de bancos
oficiais. Oposicionistas argumentam que não houve recuo, visto que a investigação
sobre “pedaladas” de Dilma, como é chamado este tipo de crime, pode
levar ao impeachment. Mas o processo será bem mais longo.
“Não daremos folga”, disse Aécio, segundo a Folha.
“A população está querendo partir para cima do PT. Somos apenas
instrumento”. Apesar de ter encomendado o estudo sobre a viabilidade
jurídica para um pedido de impeachment, o PSDB não fala nele
publicamente, mesmo com pressão interna de alguns parlamentares. “O
parecer não fala em impeachment porque nós mesmos nunca falamos em
impeachment”, afirmou Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP).
O recuo de partidos de oposição enfureceu grupos políticos que
estiveram à frente das manifestações contra a presidente neste ano. O
Movimento Brasil Livre, ainda de acordo com a Folha,
disse que o PSDB “traiu os mais de 50 milhões de votos adquiridos na
última eleição dos brasileiros que apostaram nessa falsa oposição”. O
Revoltados Online, outro grupo, afirmou que a decisão de não bancar o
impeachment da petista torna o PSDB “farinha do mesmo saco”.
As informações são da revista Época.globo.com
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