Geladeira voltou a queimar após pane elétrica e corpos estão sem conservação (Foto: Daniel Santos) |
Uma vítima de afogamento
foi enterrada no fim de semana como indigente após a geladeira do
Instituto Médico Legal (IML) de Parnaíba, Litoral do Piauí, queimar
novamente. Segundo o auxiliar de necropsia Robson Castilho, o corpo já
estava em avançado estado de decomposição e chegou a passar mais de 48h
exposto em uma das salas do IML.
O mau cheiro já incomodava os moradores
que moram próximo ao instituto. Com a vítima não foi encontrado nenhum documento e ninguém da família
foi ao IML para fazer reconhecimento ou solicitar uma necropsia.
"O corpo chegou no IML em estado de putrefação e inchado. Uma das
geladeiras está queimada e a outra não resfria. Também não há iluminação
na sala de necropsia e por isso ele foi mantido do lado de fora desde
que deu entrada na noite de quinta-feira. Devido ao mau cheiro, a vítima
teve que ser enterrada como indigente", contou.
Para o auxiliar de necropsia, o problema com a geladeira do IML de
Parnaíba é recorrente e a situação só piora com as constantes quedas de
energia no local. "Tudo que coloca lá queima. Outro dia cheguei no IML e
levei um susto porque os vigias estavam trabalhando a luz de vela",
comentou.
Castilho lembrou que em janeiro uma equipe contratada pelo governo do
estado esteve no prédio para solucionar a falta de energia, mas que o
serviço não foi concluído.
O diretor do IML de Parnaíba, Klécio Carvalho, reconheceu os problemas e
confirmou que o corpo foi enterrado como indigente devido ao estado de
decomposição.
"Não era mais viável armazená-lo nas geladeiras. Esperamos na medida do
possível alguém vir reconhecer o corpo ou até mesmo autorizar a
necropsia. Como não podíamos mais esperar, decidimos enterrar e colhemos
o DNA da vítima para uma identificação posterior", explicou.
Sobre o equipamento queimado, o diretor disse que apenas a geladeira de
seis gavetas voltou a apresentar defeito, mas que a de quatro gavetas
continua funcionando normalmente e com espaço para corpos.
As informações são do portal G1/PI
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