O Ceará registrou 40 mil acidentes de trabalho nos últimos três
anos, conforme o último levantamento realizado pelo Ministério da
Previdência Social, divulgado neste mês. Somente em 2013, foram 13,8 mil
acidentes do tipo no Estado - uma média de 38 acidentados por dia.
De
acordo com os dados da Previdência Social, 68 trabalhadores cearenses
morreram no ambiente de trabalho em 2013 e 296 ficaram incapacitados
permanentemente para exercer suas atividades.
No
ranking Norte e Nordeste de acidentes de trabalho, o Ceará aparece em
terceiro lugar, atrás apenas de Pernambuco e Bahia. Nacionalmente, ocupa
a 12º colocação.
Atualmente, no Ceará, os
setores que mais registram acidentes são saúde, construção civil e
indústria de transformação, segundo o juiz do trabalho Carlos Alberto
Rebonatto.
"Além dos acidentes de trabalho
existem também as doenças do trabalho, que são principalmente lesões por
esforço repetitivo (LER), lesões na coluna, surdez, doença de pele. E
têm crescido muito nas estatísticas os casos de problemas mentais, como
depressão, doenças do humor", citou.
Números
Números
O
juiz ressalta que os dados divulgados pela Previdência deveriam ser
ainda maiores devido aos casos de subnotificação - quando o trabalhador
tem carteira assinada mas o acidente não é notificado, "o que representa
de 20% a 30% dos casos", acrescenta o juiz do trabalho. "Além disso, a
maioria dos trabalhadores são informais, e eles não estão nesses
números", adverte.
Há ainda os funcionários
públicos e os trabalhadores rurais. "Nesse caso, a subnotificação é de
90% a 95%. No meio rural, 80% não têm vínculo de emprego. E o que tem
vínculo deve ser notificado pelo sindicato, que não tem cultura de
notificar", afirma.
As informações são do O Povo Online
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