No intervalo entre os meses de janeiro e fevereiro deste ano, uma
média de 18 armas de fogo foi apreendida por dia no Ceará. Ao todo,
1.067 equipamentos foram recolhidos pelas Polícias Militar e Civil do
Estado. Somente em fevereiro último, foram 519 apreensões. Com relação
ao mesmo mês do ano passado, houve queda de 8,8% na quantidade de armas
apanhadas com criminosos.
Mais
da metade das armas (52,2%) estavam na Região Sul do Estado, mais
precisamente na Área Integrada de Segurança (AIS) 11, encabeçada pelo
município de Juazeiro do Norte, a 493 km de Fortaleza. Aquela região
está recebendo uma atenção especial da Secretaria da Segurança Pública e
Defesa Social (SSPDS) desde o mês passado por conta dos elevados
índices de criminalidade locais.
Somente no último fim de
semana, uma operação conjunta da PM e da Polícia Federal resultou na
apreensão de 568 quilos de drogas na cidade de Barbalha, cidade vizinha a
Juazeiro que também faz parte da AIS 11. Ainda em janeiro, a área
também aparecia em primeiro lugar no ranking de apreensão de armas no
Estado, com 77 ocorrências.
Para o comandante-geral da PM,
coronel Geovani Pinheiro, as apreensões se deram por conta da
intensificação das abordagens que vêm sendo feitas desde o ano passado,
principalmente, em condutores de motocicletas. “Não temos como
identificar se alguém está portando uma arma, seja no carro ou moto. Por
isso, montamos várias blitze e barreiras, fazendo abordagens
rotineiras. Como a maioria dos casos de roubos e furtos é praticada por
indivíduos de moto, eles são prioridade. Estimamos que 60% dessas armas
tenham sido apreendidas com motociclistas”, afirmou.
Sobre a
Região Sul, o coronel afirmou que os índices de criminalidade locais
também já foram reduzidos. “Tudo isso devido à força-tarefa e às ações
de segurança que foram reforçadas naquela área do Estado”, avaliou.
O que a lei prevê
Todas
as armas apreendidas, por lei, devem ser entregues às Forças Armadas
para serem destruídas. Segundo a resolução 134 do Conselho Nacional de
Justiça (CNJ), por serem consideradas provas de processos judiciais,
após a elaboração dos respectivos laudos periciais, devem ser enviadas
pela Comissão de Segurança Permanente do Poder Judiciário à 10ª Região
Militar. A remessa das armas ao Comando Militar deve ocorrer, pelo
menos, duas vezes ao ano.
Gratificação
Os
profissionais de segurança pública do Ceará recebem gratificação por
arma de fogo apreendida. Conforme decreto governamental de maio de 2013,
o valor pago varia de R$ 400 a R$ 800 de acordo com a arma.
As informações são do jornal O Povo Online
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